segunda-feira, 2 de março de 2015

CASO PETROBRÁS: Advogados da OAS pedem anulação de escutas no processo da Lava Jato

Do UOL, em Brasília
Leandro Prazeres

Advogados da empreiteira OAS pediram, nesta segunda-feira (2), que as interceptações telefônicas feitas em telefones de executivos da empresa presos em novembro do ano passado sejam retiradas dos autos da operação Lava Jato. Segundo a defesa, as gravações teriam sido feitas de forma ilegal. Entre as ilegalidades apontadas pelos advogados estaria a gravação de conversas mantidas entre eles e seus advogados.
A OAS é uma das empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato, que apura o desvio de pelo menos R$ 10 bilhões em contratos superfaturados com a Petrobras. Em novembro do ano passado, quatro executivos da empreiteira foram presos durante a sétima fase da operação: Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira.
Segundo a defesa dos executivos, as interceptações feitas pela Polícia Federal às vésperas da deflagração da sétima fase da operação Lava Jato teriam gravado diálogos entre os investigados e seus advogados, o que seria proibido pelo Estatuto da Advocacia.
Os advogados do grupo também criticam os relatórios elaborados pela PF a respeito das gravações. Segundo eles, os relatórios descrevem momentos da intimidade dos executivos revelando informações como agendamento para cabeleireiros, instalação de aparelhos de ar condicionado e diálogos mantidos entre "netos e avôs".
Segundo a defesa do grupo, os diálogos "nada interessam, ou interessavam para as investigações". "A intrusão na vida dos requerentes foi absurda e sem limite", disseram os advogados em petição destinada ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da operação Lava Jato em primeira instância. 
Procurada pelo UOL, a PF informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a instituição apenas executa as escutas autorizadas pela Justiça. O Ministério Público Federal do Paraná foi procurado para comentar as alegações dos advogados da OAS, mas ainda não se manifestou.

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