segunda-feira, 2 de março de 2015

COMENTÁRIO: PT tenta compartilhar com o PSDB a roubalheira na Petrobras

Por Ricardo Noblat - OGLOBO.COM.BR
Blog do NOBLAT

O discurso de Dilma de que não restará pedra sobre pedra, doa em quem doer, não passa de um discurso para enganar outra vez o distinto público
Em meio a tudo que vazou ou foi divulgado até agora sobre a Operação Lava-Jato, que investiga a roubalheira na Petrobras, só há uma menção ao período de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
É quando Pedro Barusco, ex-gerente-executivo de Serviços da Petrobras, diz em depoimento prestado em novembro último que começou a receber propinas de uma empresa holandesa em 1997 ou 1998, últimos anos de Fernando Henrique presidente.
Barusco não fala em esquema montado dentro das empresas para financiar partidos e enriquecer políticos. Fala em corrupção individual. No caso, a dele. Mas foi o que bastou para animar o PT a pedir que a nova CPI da Petrobras mude o foco de sua atuação.
Ao invés de investigar o roubo de 2006 para cá, amparada na quase unanimidade das provas e indícios de crime colhidas pela Polícia Federal, que retroceda a 1997.
Manobra diversionista. Só para tentar compartilhar com o PSDB o saque à Petrobras.
O pedido do PT não deverá ser atendido. O que nem de longe significa que a CPI criará sérios problemas para o governo. Não.
Assim como não deu liberdade às duas CPI anteriores, Dilma também não dará a essa. E o governo tem maioria de votos na CPI.
O discurso de Dilma de que não restará pedra sobre pedra, doa em quem doer, não passa de um discurso para enganar outra vez o distinto público.
Tudo ela fará, mesmo que atropele a verdade, para que a lama da Petrobras não alcance o presidente que a elegeu duas vezes – e nem a ela, é claro.

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