quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ELEIÇÕES: Se perder a eleição, serei oposição, diz Aécio

ESTADAO.COM.BR
MARIANA SALLOWICZ, LUCIANA NUNES LEAL E ELIZABETH LOPES - ESTADÃO CONTEÚDO

Candidato do PSDB rechaçou hipótese de participar de um eventual governo de Marina Silva, que vem sinalizando que governaria com "os melhores" de cada partido
Rio - O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, ao criticar o discurso de Marina Silva (PSB) de que vai governar com os melhores quadros de todos os partidos, não cogitou a hipótese de o PSDB ceder nomes para um possível governo da ex-ministra.
"Ou vencemos as eleições e seremos governo, ou perdemos as eleições e seremos oposição", afirmou o candidato em entrevista a jornalistas depois de participar de sabatina do jornal O Globo. O tucano reiterou a "preocupação" com um possível governo de Marina que dê prioridade a pessoas, sem levar em conta a relação institucional entre os partidos.
Durante a sabatina, Aécio criticou também o discurso de Marina Silva, de rejeição ao que chama de velha política e promessa de que vai governar com "os melhores nomes" (como diz Marina) de vários partidos. "A nova política será a que governa com o terceiro time do PSDB e do PT?", questionou. Aécio continuou: "Se você nega os partidos e diz que vai governar com pessoas, não sei onde vai dar".
A ex-ministra vem sinalizando que, caso eleita, não teria problemas de se aproximar de nomes como José Serra, correligionário de Aécio, e o petista Eduardo Suplicy, em seu governo.
O tucano disse ainda que após a morte de Eduardo Campos (PSB) deu-se o início do que chamou de "uma segunda eleição". Para ele, o cenário atual ainda está "sob efeito de uma grande embaralhada das cartas".
Reeleição. Sobre a reeleição, disse que foi um mal para o Brasil. "Fui reeleito, é uma covardia, é desigual. Ele criticou a estrutura montada pela presidente, quando viaja em campanha. "A presidente desmoralizou a reeleição."
Lembrado de que a reeleição foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso, disse que foi uma "experiência que o Brasil buscou". O candidato voltou a defender o fim da reeleição com mandato de cinco anos para os governantes.
Economia. Aécio voltou a afirmar que o quadro econômico que se espera no Brasil "é muito preocupante" em 2015. Ele criticou ainda o cenário atual, com "inflação batendo o teto da meta e um quadro recessivo na economia".
"Não teremos uma recuperação da economia mundial muito grande, que poderia ser a salvação. Temos que olhar para dentro. A condução transparente da política econômica vai ajudar o País a voltar a crescer", afirmou durante a sabatina. Aécio defendeu uma política econômica de longo prazo, com previsibilidade. "A nossa eleição vai sinalizar a baixa dos juros em longo prazo e o resgate dos investimentos".
O candidato afirmou ainda que a Petrobrás tem sido usada pelo governo atual como "instrumento da política econômica". A respeito das recentes denúncias, disse que "está na hora de termos um governo que assuma as suas responsabilidades".
Ainda sobre a companhia disse que, caso eleito, irá "tirar a Petrobrás da política", acrescentando que o pré-sal "é um tesouro que nós temos".
"Vou tirar a Petrobrás da política, (a companhia) vai ser ocupada por quadros qualificados", afirmou. Aécio afirmou ainda que o Brasil perdeu tempo enorme, do período de transição dos modelos de concessão, ressaltando que "o que está hoje produzindo no pré-sal começou a ser produzido no governo FHC".
Questionado sobre quais medidas amargas poderiam ser tomadas pelo seu governo para retomada da economia, respondeu que o governo atual "já fez todas". "Foram tomadas por esse governo que fez (a economia) desandar. O meu governo será da previsibilidade." Entre as primeiras ações do seu governo nessa área, citou a "simplificação do sistema tributário".

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |