quarta-feira, 10 de setembro de 2014

CORRUPÇÃO: Ministro do STF libera documentos da Lava Jato para CPI da Petrobras

Do UOL, em Brasília
Bruna Borges

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras recebeu nesta quarta-feira (10) documentos encaminhados pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal). Os documentos são referentes à Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro.
A secretaria da comissão, no entanto, não deu mais detalhes se entre os papéis está incluído o depoimento da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.
Segundo a revista "Veja", Costa afirmou, em delação premiada a procuradores federais, que políticos do PMDB, PP, PT e PSB receberam propina de fornecedores da estatal. Em troca da delação, o ex-diretor espera obter redução da pena de uma futura condenação.
O ex-diretor citou o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), a governadora da Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), os ex-governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), e de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morto em 13 de agosto, como pessoas que teriam recebido propina.
Costa mencionou ainda os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); os deputados federais Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC); o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte (PP) e o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.
Saiba quem são políticos delatados por ex-diretor da Petrobras
PAULO ROBERTO COSTA, O DELATOR - Investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que apura esquema bilionário de lavagem de dinheiro, Paulo Roberto Costa é ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, cargo que ocupou entre 2004 e 2012. Foi preso em março deste ano por tentar ocultar provas que o incriminavam. Solto em maio, foi preso novamente em junho, e fez acordo de delação premiada com a PF em agosto, o que possibilitaria uma redução de sua pena em caso de condenação. Em depoimentos gravados feitos à polícia, ele cita, segundo a revista "Veja", ao menos 25 deputados federias, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP), que teriam recebido propina de 3% do valor dos contratos da estatal Leia mais Renato Costa/Frame/Folhapress
A CPI mista – composta por deputados e senadores - da Petrobras marcou para a próxima quarta-feira (17) o depoimento de Costa na comissão. Ele está preso em Curitiba por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor é investigado por tentar destruir provas sobre o esquema milionário de lavagem de dinheiro investigado pela Operação Lava Jato.
O depoimento foi marcado em reunião de emergência com líderes parlamentares após o vazamento de informação sobre a delação premiada de Costa. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o vazamento de informações.

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