quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

NEGÓCIOS: Banco do Brasil teve lucro recorde em 2013, mas resultado do quarto trimestre derruba ações

De OGLOBO.COM.BR
MARCIO BECK (EMAIL)
RONALDO D'ERCOLE (EMAIL)

De outubro a dezembro, houve queda de 23,7% no resultado, para R$ 3 bilhões
Ganho de R$ 15,8 bilhões no ano foi influenciado pela abertura de capital do BB Seguridade, que rendeu R$ 5,4 bilhões
Lucro em alta. Aumento da receita financeira com operações de crédito e resultado de tesouraria. Fabiano Rocha / Agência O Globo
SÃO PAULO e RIO - O Banco do Brasil, maior banco do país por ativos, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 15,8 bilhões no ano, recorde na história do país. O resultado foi influenciado pelos R$ 5,4 bilhões captados pela abertura do BB Seguridade. Descontado este efeito, não recorrente, o lucro ajustado foi de R$ 10,3 bilhões.
Com o resultado contábil no ano, o BB superou o Itaú Unibanco, que divulgou no último dia 4 lucro de R$ 15,7 bilhões, impulsionado por redução de inadimplência, aumento de receitas e expansão maior que a estimada da carteira de crédito. Se descontado o ganho com o IPO, o lucro do BB ficou longe do ganho ajustado do Itaú Unibanco, e perdeu também para o do Bradesco, que foi de R$ 12 bilhões.
– Como 62,3% das nossas receitas vem das operações de crédito, e 744,5% dessa carteira concentra-se em operações de menor risco (como consignado, CDC salário, imobiliário e veículos), que têm juros menores, os ganhos nessas operações são menores – justificou Ivan Monteiro, vice-presidente de gestão e Relações do Investidores do BB.
A rentabilidade (medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido) também variou bastante quando se desconta os ganhos do IPO. Bateu em 22,9% quando se considera o resultado contábil, mas vai a 15% quando se desconsidera os eventos não recorrentes, ficando em linha com as metas (guidances) que o banco divulgou ao mercado – de rentabilidade entre 14% e 17% para o ano.
Na apresentação dos resultados, Aldemir Bendine, presidente do BB, festejou o resultado como "o maior da história do sistema financeiro", fruto do crescimento sólido das operações de crédito e fomento aos investimentos no país, que são o "papel" da instituição.
O BB distribuiu aos acionistas R$ 6,3 bilhões, montante equivalente a 40% do lucro líquido de 2013, sendo R$ 3,3 bilhões na forma de juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 3,0 bilhões em dividendos. O valor da remuneração por ação alcançou R$ 2,23.
A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias prestadas, cresceu 19,3% no ano, na comparação com 2012, chegando a R$ 692,9 bilhões em dezembro. A participação do banco no mercado de crédito avançou de 20,3% em dezembro de 2012, é de 21,1%.
Dentro da carteira de financiamentos, destaram-se o crédito imobiliário, cujo saldo aumentou 87,2% no ano passado, chegando a R$ 24,1 bilhões, o que coloca o BB como o terceiro instituição com maior volume de operações nesse segmento. Os financiamentos às empresas representaram R$ 5,9 bilhões do total, avanço de 122,6%, e às pessoas físicas, R$ 18,2 bilhões, alta de 78% no mesmo período.
O BB destacou que o seu índice de inadimplência (considerando dívidas vencidas há mais de 90 dias) foi equivalente a 1,89%, abaixo da média do sistema financeiro nacional, que foi de 3% no ano passado, o menor nível já verificado pelo Banco Central.

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