Cabe a um presidente de um país como o Brasil se indignar diante das revelações sobre a espionagem promovida pela maior potência do mundo em comunicações públicas e privadas de governantes. Tal indignação pode ser manifestada de diversas formas e ocasiões, mas no mundo da realpolitik é preciso tomar cuidado para não ultrapassar certos limites, incluso o do ridículo. A arena internacional não permite amadorismo. Veja o caso do governo Obama em relação à crise Síria. Vladimir Putin deu um nó diplomático no departamento de Estado e no próprio presidente que não restou alternativa aos EUA senão o recuo de suas pretensões intervencionistas. O que ocorreu em seguida ? O secretário John Kerry se recompôs, apertou a gravata e voltou a negociar com a Rússia e outros países que compõem o Conselho de Segurança da ONU. A União Europeia, também vítima da política de Obama, viu-se constrangida em verificar que sofreu espionagem no exato momento em que negocia um amplo acordo comercial com os EUA. O que ocorreu a seguir ? A vida seguiu e as negociações também. A pergunta que resta é como Dilma e seu governo seguirão em relação aos EUA ? Será que a presidente consultará o seu ministro sem pasta João Santana, conselheiro eleitoral da presidente, para saber o que fazer ?
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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