quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MUNDO: Berlusconi desiste de derrubar premiê e mantém apoio à coalizão na Itália

Do ESTADAO.COM.BR

Pressionado por dissidência dentro de seu próprio partido, ex-primeiro-ministro volta atrás
ROMA - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi desistiu nesta terça-feira, 2, de tentar derrubar o governo do premiê Enrico Letta. Com isso, o líder do Partido Democrático (PD) enfrentou e venceu uma moção de confiança hoje no Parlamento, com apoio de 235 dos 315 senadores. Berlusconi tinha determinado que ministros de seu partido, o PDL, tirassem o apoio da coalizão chefiada pelo Partido Democrático em razão de uma votação de impeachment contra ele no Senado. Após parte de sua base rebelar-se contra suas próprias determinações, com medo das repercussões negativas de uma nova crise política para a economia europeia, "Il Cavalieri" voltou atrás.
Alessandro Di Meo / Efe
Berlusconi anuncia apoio à coalizão de Letta
"Depois de um complicado debate interno, decidimos votar a favor da moção de confiança", disse Berlusconi no Senado. " A Itália precisa de um governo que faça as reformas. Fizemos tudo que podíamos ter feito e ainda temos esperança de mudar o clima de guerra fria civil que se vive no país."
Analistas políticos dizem que Berlusconi mudou de ideia na última hora para evitar uma histórica derrota política. Nos últimos dias, uma facção do PDL liderada por seu herdeiro político, Angelino Alfano, prometeu votar a favor de Letta.
Antes da votação, Letta discursou em defesa de seu governo. O premiê destacou seus sucessos durante os cinco meses de governo e delineou sua agenda para fortalecer a economia italiana e criar empregos. "Nos deem a confiança de vocês para realizarmos esses objetivos. Nos deem confiança para tudo que foi alcançado", disse Letta. "Um voto de negativo não irá contra alguém, e sim conta a Itália e os italianos."
Berlusconi precipitou a moção de confiança no Parlamento depois de exigir que os cinco ministros de seu partido que integram a coalizão deixassem o cargo na semana passada. A intenção dele era retaliar o governo contra seu julgamento político no Senado, que pode determinar seu impeachment, após sua condenação na Justiça civil por evasão fiscal.
Sem a imunidade parlamentar, Berlusconi pode ser preso. Ele responde ainda a mais dois processos criminais, por corrupção e prostituição de menores. / AP, REUTERS e EFE

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