sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ECONOMIA: FMI pede solução permanente para 'abismo fiscal' nos EUA

Do UOL

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu na quinta-feira aos Estados Unidos que alcance rapidamente um acordo definitivo para evitar os aumentos automáticos de impostos e os cortes de gastos que entram em vigor no ano que vem, afirmando que uma solução temporária poderia ser nociva para a economia global.
Muitos analistas acham que os políticos norte-americanos obterão um acordo temporário para adiar o chamado "abismo fiscal". Mas há dúvidas de que o Congresso consiga reverter as medidas a tempo.
Em relatório preparado para a reunião do G20 nesta semana no México, e divulgado na quinta-feira, o FMI alertou que a crise na zona do euro e a ameaça de um impasse político em Washington representam os maiores riscos atuais à economia mundial.
O Fundo disse, no entanto, que há sinais de que as condições econômicas e financeiras do mundo "podem estar se estabilizando" devido a cortes de juros feitos por grandes Bancos Centrais, para estimular o crescimento.
As elevações tributárias e os cortes orçamentários previstos em lei nos EUA a partir de 2013 são vistos por muitos como fatores que ameaçam levar o país de volta a uma recessão. O FMI estimou que o "abismo fiscal" equivale a US$ 700 bilhões, e resultaria em uma contração de cerca de 4,5% no PIB.
"Um acordo de última hora que se baseie em consertos aquém do ideal ou que basicamente 'empurre com a barriga' pode acabar se provando nocivo", disse o FMI no relatório.
O Fundo disse que, mesmo que os cortes orçamentários sejam rapidamente revogados, os danos à economia seriam "substanciais", porque empresas e consumidores ficariam inseguros sobre as políticas tributárias e de gastos públicos.
"A gravidade dos efeitos econômicos dependeria parcialmente da duração do abismo --aqui, a equipe vê um abismo temporário, antes que medidas ou prorrogações possam ser implementadas, como um evento de média probabilidade", disse o FMI.
Enfrentar o "abismo fiscal" será o maior desafio do presidente Barack Obama depois de conquistar a reeleição, nesta semana. O FMI alertou também para a necessidade de os EUA controlarem a dívida pública, sob pena de "exacerbar a incerteza" e "levar a uma erosão gradual do status do dólar de moeda de reserva, e colocar uma pressão de alta sobre os rendimentos dos títulos do Tesouro".

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