quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

POLÍTICA: Mensalão do DEM: Comissão de Ética do DF aceita pedidos de investigação de três deputados distritais flagrados em vídeo

De O GLOBO
Jailton de Carvalho

BRASÍLIA - A Comissão de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta quinta-feira o pedido de abertura de processo contra três deputados distritais acusados de envolvimento no escândalo conhecido como mensalão do DEM de Brasília . O esquema teria sido supostamente chefiado pelo governador afastado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro.
Os deputados teriam sido beneficiados por mesadas distribuídas supostamente por Arruda a partir da cobrança de propina de empresas com contratos no governo local.
Na véspera, o
corregedor da Casa, Raimundo Ribeiro (PSDB) , pediu abertura de processo contra 9 deputados. Nesta quinta-feira, a comissão acolheu apenas três pedidos: contra Leonardo Prudente (sem partido), Eurides Brito (PMDB) e Rubens Cezar Brunelli (PSC).
Nos
vídeos gravados pelo ex-secretário Durval Barbosa, testemunha-chave do mensalão, Prudente foi flagrado escondendo dinheiro nas meias e no paletó. Já Brunelli se abraça a Durval e a Prudente e agradece a Deus supostamente pelo dinheiro recebido do ex-secretário. Eurides Brito aparece, por sua vez, enfiando pacotes de dinheiro numa bolsa.
Os pedidos de abertura contra outros cinco deputados vão ficar suspensos até surgirem novas informações sobre eles nas investigações da Operação Caixa de Pandora, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). São eles: Benício Tavares (PMDB), Benedito Domingos (PP), Rogério Ulysses (ex-PPS), Rôney Nemer (PMDB) e Aylton Gomes (PRP) - todos acusados de se beneficiar das mesadas.
A Comissão rejeitou o pedido de abertura de processo contra o atual presidente da Casa, deputado Cabo Patrício (PT). Patrício foi acusado por um cidadão de apresentar um projeto para beneficiar empresas do ex-presidente da Câmara Leonardo Prudente ( sem partido, ex-DEM). Segundo vice-presidente da Comissão, deputada Érika Kokay (PT), Patrício "não cometeu nenhuma irregularidade, nenhuma ilegalidade" e não teria nada para investigar contra ele. Comissão vota pedido de impeachment de Arruda nesta sexta
O cerco também se fecha contra Arruda. Nesta sexta-feira, a comissão especial vota o pedido de impeachment do governador afastado. Segundo o presidente da comissão, Cristiano Araújo (PTB), ele tem até segunda-feira para renunciar sem perder seus direitos políticos.
Arruda deverá permanecer na prisão por pelo menos mais uma semana. Na quarta-feira, atendendo a um pedido da defesa, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF),
adiou o julgamento de mérito do habeas corpus, que estava marcado para esta quinta-feira.

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