quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ECONOMIA: Juro do cheque especial sobe em julho apesar de recuo na taxa média

De O GLOBO
BRASÍLIA - Apesar de as taxas médias de juros no país terem caído em julho, os juros para as linhas de crédito do cheque especial para pessoa física tiveram alta, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). A taxa passou de 167% ao ano em junho para 167,3% ao ano em julho. Já a taxa de inadimplência no país atingiu 5,9%, frente a 5,7% em junho. O nível é o maior já registrado na série histórica, iniciada em 2000.
A alta no juro do cheque especial ocorreu no mesmo mês em que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic, taxa básica de juros da economia, de 9,25% para 8,75% ao ano. O cheque especial foi a única linha voltada para pessoa física que registrou alta no mês passado.
Segundo o BC, as taxas de juros médias continuaram caindo em julho. A taxa média de juros bancários diminuiu 0,6 ponto percentual entre junho e julho, indo de 36,6% para 36% ao ano, o menor patamar desde dezembro de 2007 (33,8%). Para as pessoas jurídicas e físicas, a queda foi de 0,7 ponto percentual frente a junho, chegando a 26,7% ao ano e 44,9% ao ano, respectivamente.
Ainda segundo o BC, os spreadsbancários (diferença entre o custo de captação dos bancos e taxa efetivamente cobrada ao consumidor final ) também recuaram no período. Para as empresas, o custo passou de 18,2 pontos percentuais para 17,9 pontos percentuais. E para as pessoas físicas, o custo passou de 35,8 pontos percentuais para 35,2 pontos percentuais. Inadimplência bate novo recorde
A inadimplência, que considera os atrasos acima de 90 dias, continua resistindo. No mês de julho, a taxa passou de 5,67% para 5,91% do total da carteira de crédito, o maior nível já registrado na série histórica, iniciada em 2000. Esta foi a 10ª alta seguida da taxa de inadimplência geral.
Para pessoas físicas, a inadimplência ficou praticamente estável em 8,58%, frente a 8,59% em junho. Este é o maior nível já registrado, enquanto que, para as empresas, houve um aumento de 0,4 ponto percentual, para 3,8%.
A maior queda de juro das linhas de empréstimos para pessoas físicas foi registrada no CDC (Crédito Direto ao Consumidor) de bens duráveis, de 1,4 ponto percentual, para 53,9% ao ano.
O BC informou ainda que o total de crédito no país chegou a R$ 1,311 trilhão em julho, com crescimento de 2,6% no mês. Em junho sobre maio, o crescimento no estoque total de crédito tinha sido de 1,3%.
O número equivale a 45% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), sendo que, em junho, estava em 43,9%.
Com o resultado de julho, o BC elevou sua projeção sobre a relação entre o crédito e o PIB este ano de 45% para 47%.
No mês passado, o salto foi bastante influenciado pela operação de empréstimo de R$ 25 bilhões feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a Petrobras.
O BC informou ainda que as taxas de juros e de spreads bancários (diferença entre a taxa dede captação do banco e taxa efetivamente cobrada ao consumidor ) continuaram recuando em agosto. Até o dia 14, por exemplo, a taxa média cobrada para pessoas físicas já havia caído de 0,2 ponto percentual para 44,6% ao ano. No spread, a queda foi de 0,4 ponto para 37,4 pontos percentuais.

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