quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

COMENTÁRIO: Justo ele?

Por Vera Magalhães - ESTADAO.COM.BR

Fato de Cunha ser o primeiro na fila do debate sobre prisões 'alongadas' de Curitiba incomoda

Incomoda ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos empenhados na tese de que é preciso separar o “joio do trigo” na Lava Jato o fato de o primeiro na fila do debate sobre as prisões “alongadas” de Curitiba ser Eduardo Cunha.
Isso porque o ex-presidente da Câmara é visto como a “nata do joio”, a personificação de tudo que os defensores da necessidade de impor certas balizas à investigação querem execrar: aqueles que cometeram corrupção clara, enriqueceram à custa de propina e contratos públicos e usaram o cargo para se locupletar. Cunha, juntamente com Sérgio Cabral, Antonio Palocci e outros são aqueles que os políticos querem sacrificar no altar de Sérgio Moro para salvar a própria pele.
Por isso há dúvida entre os próprios magistrados sobre se ele terá ou não concedido um habeas corpus que, hoje, tramita no Superior Tribunal de Justiça. É unânime a avaliação, nos meios jurídicos, políticos e até entre os advogados que tratam das causas da família Cunha, a expectativa de que o STJ negue o habeas corpus. Sua defesa vai, então, recorrer ao Supremo. E aí o debate lançado por Gilmar Mendes há algumas semanas será posto à prova num caso concreto – mas justamente o pior deles para a demonstração da tese.
O fato de Cunha ser quem é e o despacho do juiz Sérgio Moro justificando em vários pontos as razões legais para sua preventiva fazem os comandantes da força-tarefa de Curitiba apostar na manutenção da prisão.
O fato de ele continuar a mandar recados do cárcere para o Planalto, no entanto, pode levar o joio a ser ensacado como trigo.
LAVA JATO 1 
Peemedebistas veem chance de derrubar delação de Machado
Caciques do PMDB que andavam meio nervosos com o avanço da Lava Jato sobre o partido comemoraram a decisão da Segunda Turma do STF de manter na Corte todos os apensos da delação de Sérgio Machado. Acham que é meio caminho para derrubar as acusações do ex-presidente da Transpetro.
LAVA JATO 2
Advogados vão sustentar tese de que gravação de delator foi ilegal
Para Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de José Sarney nos inquéritos a partir da delação de Machado, com a ação concentrada no STF ficará mais fácil demonstrar que ela não se sustenta em provas e é ilegal, pelo fato de as respostas dos interlocutores terem sido “induzidas”.

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