quarta-feira, 16 de novembro de 2016

POLÍTICA: Grupo pró-intervenção militar invade plenário da Câmara e sessão é suspensa

OGLOBO.COM.BR
POR LETICIA FERNANDES, ISABEL BRAGA E MANOEL VENTURA

Manifestantes entraram na Casa quando deputados discursavam à espera de quorum para iniciar sessão

Manifestantes ocupam o plenário da Câmara dos Deputados - Lucio Bernardo Jr. / Agência CÂmara

BRASÍLIA - Um grupo de manifestantes invadiu, na tarde desta quarta-feira, o plenário da Câmara dos Deputados. O grupo de cerca de 40 pessoas quebrou a porta de vidro da entrada principal do plenário e entrou em confronto com a Polícia Legislativa, deixando vários feridos. No momento da invasão, o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), presidia a sessão, com poucos deputados presentes, mas teve que encerrar os trabalhos diante da violência dos manifestantes, que chegaram a subir na tribuna e dar chutes na Mesa onde fica o presidente da Casa, além de pularem em cima de policiais.
Os manifestantes negaram qualquer filiação partidária e pedem a intervenção de um general das Forças Armadas para resolver a situação. Eles entoam gritos contra a corrupção e em defesa do juiz Sérgio Moro.Apesar da violência, que gerou confusão entre o grupo e a Polícia legislativa, Maranhão afirmou não ter ficado ferido.
Neste momento, policiais legislativos preparam um cerco para evacuar o plenário. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou agora há pouco à Casa e está em seu gabinete. O deputado Beto Mansur (PRB-SP) foi informar Maia sobre todo o protesto para ver que providências o presidente pode tomar.
- Nem sei o que eles estão reivindicando, de repente invadiram o plenário - disse Waldir Maranhão.
Porta do plenário da Câmara é quebrada por manifestantes - O GLOBO

O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que estava no plenário na hora da invasão, lamentou a violência usada pelos manifestantes:
- Eles começaram a gritar em apoio ao juiz Sérgio Moro, outra hora chamando um general para intervir. O plenário foi pego de surpresa, ninguém sabe ainda qual o movimento. As pessoas subiram na Mesa da presidência, começaram a chutar a mesa, uma coisa extremamente violenta, nunca vi isso acontecendo. É um momento extremamente triste para o Parlamento e para a democracia - disse o parlamentar.
Um dos manifestantes, que se identificou como Jeferson Vieira, empresário do ramo da construção civil, negou que o grupo queira a intervenção militar, mas afirmou que é preciso que um general resolva a situação:
- É intervenção do povo com ajuda dos militares, queremos um general, qualquer um. Nossa categoria é só a do povo, não tem categoria. Esse lugar deveria ser fechado e virar uma cadeia, isso aqui é um presídio - afirmou o manifestante.

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