quinta-feira, 1 de setembro de 2016

IMPEACHMENT: Impressão é que teremos repercussão do fatiamento do impeachment de Dilma, diz Maia

ESTADAO.COM.BR
Daniel Weterman e Elizabeth Lopes,
O Estado de S. Paulo

Em entrevista à Rádio Estadão, o presidente em exercício disse que questão é se decisão de Lewandowski pode influenciar outros julgamentos; ele evitou falar sobre cassação de Cunha

Foto: André Dusek/Estadão
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

SÃO PAULO - O presidente em exercício durante a viagem de Michel Temer à China, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, na manhã desta quinta-feira, 1º, em entrevista à Rádio Estadão, que haverá repercussão da decisão do ministro Ricardo Lewandowski em fatiar o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff.
Nesta quarta, 31, no Senado Federal, houve a votação em separado do seu afastamento definitivo e a inabilitação da petista para o exercício de funções públicas. 
"A questão em discussão é se a decisão de Lewandowski influencia outros julgamentos", disse Maia, evitando falar diretamente sobre o processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em curso no parlamento. Ele disse que no momento está concentrado "na interinidade" da Presidência da República e não tratou do assunto com a direção da Câmara dos Deputados.
"A única questão que poderá ser colocada será de fato se vota preposição ou parecer, a questão jurídica ficou aberta. Se for preposição, abre a possibilidade de suprimir ou apresentar emendas para mudar a pena", comentou Maia na entrevista. E frisou que discutirá o assunto somente após reassumir o comanda da Câmara, no dia 7 de setembro. "Ainda não analisei. A questão em discussão é se a decisão do ministro Lewandowski influencia qualquer outro julgamento", emendou.
Ele reforçou que o processo de Cunha será votado no dia 12 de setembro. "Acho que vai ter quórum elevado. Cada deputado vai tomar uma decisão como achar legal. A data está marcada e o julgamento será feito."
PEC do teto. No primeiro dia como presidente em exercício, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o Brasil "não suporta esperar" reformas e que a votação da PEC do teto de gastos públicos é o primeiro grande desafio ao governo. "A PEC é fundamental no curto prazo. Após isso é natural que tenhamos que discutir a reforma previdenciária", disse Maia.
O presidente da Câmara dos Deputados disse que as propostas do governo para salvar as contas públicas, apesar de serem sempre polêmicas, não vão retirar os direitos da população. "Temos um número grande de informações que precisam ser explicadas para cada parlamentar para que entendam que não se está tirando direito nenhum e investimentos em área nenhuma", reforçou.
Maia defendeu a aprovação do projeto da terceirização no Senado e disse que seria uma "vitória do governo" aprovar a proposta "logo após as eleições (municipais)". O texto já foi aprovado pela Câmara e permite a rápida redução de mão de obra em todos os setores de uma empresa.
Como presidente em exercício, Maia afirmou que durante esse período terá atos para assinar e cumprirá uma "rotina", recebendo deputados e senadores.

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