quarta-feira, 13 de abril de 2016

IMPEACHMENT: PMDB tenta fechar apoio integral a impeachment, mas ala ainda resiste

FOLHA.COM
DÉBORA ÁLVARES, DE BRASÍLIA

Fernando Bizerra Jr/Efe 
O deputado Leonardo Picciani, líder da ala que defende a permanência de Dilma

A ala peemedebista favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, que é majoritária, vai tentar até domingo (17), quando o processo contra a petista será votado no plenário da Câmara, convencer o restante da bancada por uma unidade de posicionamento.
Em reunião na residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer, na noite de terça-feira (12), que contou com a presença inclusive do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), aliado do governo, deputados discutiram o melhor caminho a adotar.
Há duas hipóteses. Ou haverá fechamento de questão e quem votar contra a orientação de retirar Dilma do cargo será expulso do partido, ou os parlamentares poderão votar conforme queiram, pressionados a defender o impeachment.
A ala que defende o afastamento de Dilma estima que, da bancada de 68 deputados do PMDB, no máximo 10 votem pela manutenção da petista na Presidência. Essa conta incluí ministros do partido que devem se licenciar dos cargos para exercer o direito de voto.
A princípio, embora esteja sob forte pressão, Picciani deve manter seu voto favorável à manutenção da petista no governo. O líder vai reunir a bancada nesta quinta (14) e votar o posicionamento. Ele quer um placar para justificar a orientação que dará pela saída de Dilma em plenário.
Em discurso durante o processo de votação, que se inicia sexta (15), Picciani vai anunciar a posição da bancada e orientar voto favorável ao impeachment. Deve reiterar, contudo, seu posicionamento pessoal favorável ao governo. Com a tendência de não fechamento de questão, o deputado pode ser um dos peemedebistas a votar com o governo.
Na manhã desta quarta-feira (13), o deputado Newton Cardoso Júnior (MG), que ainda se mantinha indeciso, afirmou ser favorável ao impeachment. Segundo ele, há uma forte pressão na bancada mineira, que tem sete deputados, para que todos sigam o mesmo posicionamento.
Isso inclui o ministro da (SAC) Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes. "Vamos pressioná-lo para que ele não venha à Câmara votar. Os ministros que vão deixar seus cargos precisam vir exercer seu papel de deputado, não de governo aqui", afirmou Leonardo Quintão, também integrante da bancada mineira.

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