quinta-feira, 14 de abril de 2016

IMPEACHMENT: Em reunião com petistas, Renan diz que não vai acelerar rito do impeachment

UOL
Em Brasília

Renato Costa/Folhapress
Os senadores Romero Jucá (à esq.) e Renan Calheiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reafirmou na noite desta quarta-feira (13) a senadores do PT e de partidos aliados à presidente Dilma Rousseff que não vai tomar qualquer atitude para acelerar o rito do impeachment na Casa --caso o pedido de abertura de processo contra a petista seja aprovado no domingo (17) pela Câmara.
Em encontro na residência oficial, Renan disse que vai cumprir os prazos previstos no regimento interno e fez questão de exaltar que vai cumprir o papel "institucional" de presidente do Senado.
Pelo calendário proposto pela assessoria técnica da Casa, essa decisão só seria tomada no dia 11 de maio, isto é, 24 dias após a manifestação da Câmara.
Aliados de Temer, como o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), dizem que a demora do Senado tomar a decisão de afastar Dilma provocará incertezas para a economia.
A avaliação é que, nesse período, Temer ainda não terá poderes para governar, como fazer nomeações para a equipe econômica e apresentar propostas. Jucá defende que essa decisão ocorra em, no máximo, 15 dias.
Na conversa com petistas e aliados de Dilma, Renan destacou que não vai criar qualquer mecanismo para abreviar prazos regimentais e antecipar julgamentos.
A fala do presidente do Senado indica um contraponto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que numa atitude incomum para o padrão de trabalho dos deputados tem atuado para acelerar o processo.
O peemedebista também não adiantou aos presentes qual o rito será adotado pelo Senado para apreciação do processo. Há uma série de dúvidas a serem dirimidas, como prazos regimentais e a forma da escolha dos integrantes da comissão especial - se por partidos ou blocos partidários.
Participaram do encontro, entre outros, os líderes do governo e do PT no Senado, respectivamente, Humberto Costa (PE) e Paulo Rocha (PA), o primeiro vice-presidente da Casa, Jorge Viana (PT-AC), e a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).
A previsão é que a partir da segunda-feira (18), após a decisão da Câmara, Renan convoque os líderes partidários para dirimir as dúvidas. Uma reunião de líderes deve ocorrer na terça-feira, dia 19.
Placar do impeachment
Arte/UOL
Levantamento diário do jornal "O Estado de S. Paulo" mostra como os deputados estão direcionando seus votos para o impedimento ou não da presidente Dilma Rousseff.
Para ver o placar atualizado, acesse o endereço: http://zip.net/bfs8bd (URL encurtada e segura).

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