Do UOL, em Brasília
Flávio Costa
Flávio Costa/UOL
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Acampamento do MST em Brasília durante preparativos para protestos no domingo
Líderes pró e contra o impeachment dizem temer confrontos, embora ambos os lados tenham feito discursos pacíficos e pedido para que seus membros não aceitem provocações do outro lado.
"Pelas declarações públicas ameaçadoras de líderes e aliados do governo, nós tememos uma reação violenta do governo quando o processo de impeachment for aprovado pelo plenário da Câmara." A afirmação é do professor Maurício Bento, 24, porta-voz nacional do MBL (Movimento Brasil Livre).
O MST (Movimento dos Sem Terra) refuta esses argumentos. Para o membro da direção nacional Marco Antonio Baratto, não há motivo para "o medo" por parte dos grupos pró-impeachment. "Não vamos usar a violência qualquer que seja o resultado da votação na Câmara. Se o impeachment passar, nossa luta será política e com foco na nossa pauta, que é a reforma agrária."
Em conjunto com outros movimentos pró-impeachment, o MBL começa a ocupar o espaço que lhe cabe na Esplanada dos Ministérios a partir do final da tarde desta sexta-feira (15). "Estamos conversando com todas as pessoas que participarão das nossas manifestações para que não aceitem provocações", disse Bento.
Elza Fiuza/Agência Brasil
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Acampamento no Parque da Cidade, em Brasília, que reúne pessoas pró-impeachment
Ele diz acreditar que o momento mais crítico será logo após o encerramento da votação no plenário da Câmara, que decidirá pela continuidade ou não do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, durante a noite de domingo (17).
Nesse dia, pelo menos 3.000 policiais militares do Distrito Federal estarão patrulhando as ruas de Brasília. A maior concentração será na Esplanada dos Ministérios, onde foi instalado um muro metálico de dois metros de altura para separar os grupos antagônicos. Espera-se que pelo menos 200 mil pessoas compareçam ao local durante a votação na Câmara.
Bento declara que o MBL continuará lutando pelo afastamento da presidente através dos meios legais, caso o Plenário da Câmara não aprove a continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. "Nós trabalhamos com a persuasão, defendemos nosso ponto de vista com argumentos e, na hipótese da não aprovação do impeachment ,não iremos apelar para a violência."
Já Baratto afirmou que nos últimos dias o acampamento montado por movimentos sociais ao lado do Estádio Nacional de Brasília - Mané Garrincha, em Brasília, tem sido alvo de hostilidades por pessoas que passam de carro pelo local. "O que pode haver é um ato espontâneo de alguém, mas nossa orientação é não provocar nem cair em provocação."
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