terça-feira, 29 de setembro de 2015

GESTÃO: Aliados de Dilma temem que Levy esteja forçando saída do cargo

FOLHA.COM
VALDO CRUZ
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

Marlene Bergamo/Folhapress 
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy

Assessores presidenciais avaliam que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) "está esticando a corda" ao insistir em críticas públicas à "ambiguidade" do governo na área fiscal e na defesa de mais cortes.
No Planalto, o temor de alguns é que Levy acabe comprometendo sua permanência. Nas palavras de um interlocutor da presidente, ele pode se "inviabilizar" e sair no pior momento tanto para o governo como para ele, ficando com a imagem de derrotado.
Apesar de reconhecerem que as avaliações de Levy têm procedência, auxiliares dizem que ele erra em ficar só batendo na tecla do ajuste e que deveria estar buscando melhorar o clima da economia para a volta do investimento.
Nesta segunda (28), causou desconforto a entrevista de Levy ao jornal "Valor", na qual defendeu mais cortes e criticou o envio ao Congresso da proposta de Orçamento de 2016 com deficit, que levou à perda do grau de investimento por parte da agência de risco Standard & Poor's
Um auxiliar disse que Dilma reconheceu que Levy estava correto na defesa de mais cortes ao lançar a segunda fase do ajuste, mas que ele deveria estar empenhado em ajudar a aprová-lo e não ficar fazendo críticas ao governo.
"Tinha gente que achava que o 'downgrade' estava no preço e que, portanto, podíamos ser complacentes", disse o ministro na entrevista.
Interlocutores de Levy negam que sua intenção seja sair do governo. Seu objetivo, dizem, seria acelerar a aprovação do ajuste e ele não estaria falando só ao governo, mas principalmente para a sociedade, porque é um "problema real" que afeta a todos.
Insistir na importância do ajuste, segundo Levy disse a interlocutores, é papel de ministro da Fazenda e ele não vê isso como extrapolar suas funções.

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