terça-feira, 29 de setembro de 2015

ECONOMIA: Em dia de sobe e desce, dólar fecha em queda de 1,23%, valendo R$ 4,059

Do UOL, em São Paulo

O dólar comercial fechou em queda de 1,23% nesta terça-feira (29), a R$ 4,059 na venda. O dia foi de muito sobe e desce: a moeda chegou a operar em alta de 1,11% e a cair até 2,37% ao longo da sessão.
Na véspera, a moeda norte-americana tinha subido 3,37%, na maior alta percentual diária desde 21 de setembro de 2011. 
Contexto nacional
O Banco Central realizou intervenções adicionais no mercado de câmbio nesta sessão.
O BC vendeu nesta manhã a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) e fez um leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra.
O BC também vendeu parcialmente a oferta de swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro, mas anunciou outro leilão para o dia seguinte com os contratos que sobraram. Se vender a oferta total de até 3.550 swaps no leilão desta quarta-feira, rolará quase integralmente o lote do mês que vem, equivalente a US$ 9,458 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado. 
BC e Tesouro em ação conjunta
O BC e o Tesouro Nacional têm atuado em conjunto nos últimos dias para conter a intensa instabilidade pela qual vem passando os mercados brasileiros. Os investidores estão preocupados com a possibilidade de o Brasil perder seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's e com a instabilidade política no país.
Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que "todos os instrumentos estão à disposição do BC", mas até agora o Banco Central não atuou no mercado à vista usando as reservas internacionais. Segundo operadores, alguns agentes financeiros tentavam pressionar o BC a vender dólares no mercado à vista.
"Parece que o mercado de câmbio brasileiro não está aceitando mais do mesmo em relação aos leilões do BC (de swap e linha) e testa para algo mais vigoroso", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.
"É um cabo de guerra. Ou o mercado se cansa de bater ou o BC desiste de proteger as reservas", disse o gestor de um banco internacional, sob condição de anonimato, à agência de notícias Reuters.
Gastos do governo superaram receitas em R$ R$ 5,08 bi
Os gastos do governo federal superaram as receitas em R$ 5,08 bilhões em agosto, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional.
Apesar de negativos, os dados vieram melhores do que era esperado por analistas financeiros, o que animou um pouco o mercado.
Os dados se referem ao resultado primário do governo central (que inclui os números do Tesouro, Banco Central e INSS). O número é a diferença entre receitas e despesas não financeiras; a ideia é que sobre dinheiro e que ele seja usado para bancar os juros da dívida pública e evitar que ela cresça como uma bola de neve.

(Com Reuters)

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