terça-feira, 18 de novembro de 2014

ECONOMIA: Ações da Petrobras operam no menor valor do ano; Eletrobras e Vale caem

FOLHA.COM
DE SÃO PAULO

As ações da Petrobras voltaram a cair nesta terça-feira (18) e operam em seu menor valor no ano, em meio a denúncias de corrupção envolvendo a estatal. Apesar disso, o principal índice da Bolsa brasileira opera perto da estabilidade, ajudado pelo bom desempenho do setor bancário.
Às 13h15 (de Brasília), o Ibovespa tinha ligeira valorização de 0,13%, aos 51.323 pontos. O volume financeiro era de R$ 1,935 bilhão. No mesmo horário, as ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras cediam 2,61%, para R$ 12,27 cada uma –se fechassem nesse nível, seria a menor cotação desses papéis em 2014, ultrapassando os R$ 12,57 vistos em 17 de março.
Já os papéis ordinários da petroleira, aqueles que dão ao acionista o direito a voto, mostravam desvalorização de 2,63%, para R$ 11,81 cada um. Segundo analistas, continua pesando negativamente sobre a Petrobras o noticiário relacionado à operação Lava Jato da Polícia Federal, incluindo a chance de baixa contábil em seus ativos de acordo com as propinas.
Também operava em baixa a Eletrobras. Na última segunda, a empresa de energia elétrica divulgou que ampliou prejuízo no terceiro trimestre para R$ 2,7 bilhões, ante resultado negativo de R$ 915 milhões no mesmo período de 2013, levando o seu diretor financeiro, Armando Casado, a afirmar analistas que ela pode ficar sem pagar dividendos (parte do lucro da empresa distribuída aos acionistas) em 2014.
As ações preferenciais da Eletrobras caíam 4,52%, às 13h15, para R$ 6,97 cada uma –se fechassem nesse valor, seria a mais baixa cotação desde 1994. Já os papéis ordinários da companhia mostravam ligeira queda de 0,77% no mesmo horário, para R$ 5,17 cada um.
Na esteira do cenário negativo para o minério de ferro, principalmente por incertezas em relação ao nível dos investimentos chineses e diante do aumento da oferta global da matéria-prima, a Vale também vê sua ação preferencial cair nesta terça-feira. Os papéis sofriam perda de 3,09%, a R$ 19,12 cada um.
Em contrapartida, o setor bancário, segmento com maior peso dentro do Ibovespa, ajudava a sustentar o índice no azul. Às 13h15, as ações preferenciais de Itaú Unibanco e Bradesco mostravam avanços de 1,02% e 0,74%, respectivamente, para R$ 35,32 e R$ 35,30. Já o Banco do Brasil registrava alta de 0,39%, a R$ 25,18.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,31% sobre o real, às 12h15, cotado em R$ 2,596 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuava 0,23%, para R$ 2,597.
O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 196 milhões.
A autoridade deu sequência também ao processo de rolagem dos contratos de swap cambial que vencem em 1º de dezembro de 2014. O BC vendeu 14.000 contratos nessa operação, por US$ 677 milhões. Até o momento, a autoridade já rolou cerca de 54% do lote total com prazo para o primeiro dia do mês que vem, que equivale a US$ 9,831 bilhões.

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