quinta-feira, 5 de junho de 2014

CORRUPÇÃO: Decisão sobre extradição de Pizzolato fica para outubro

Da FOLHA.COM
GRACILIANA ROCHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BOLONHA

A Corte de Apelação de Bolonha adiou para outubro a decisão sobre a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.
A razão do adiamento, segundo o advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli, foi a falta de informações sobre presídios brasileiros que poderiam receber Pizzolato. O petista continua preso.
Pizzolato está preso desde fevereiro na penitenciária de Sant'Anna, em Módena, no norte da Itália. Ele chegou à corte em um furgão da polícia, que tinha os vidros cobertos por cortinas, por volta das 14h20 (9h20 horário de Brasília). Vestindo uma camisa xadrez azul, o ex-diretor do BB foi levado à sala onde ocorreu a audiência.
Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato foi o único condenado no julgamento do mensalão a fugir do Brasil.
A defesa de Pizzolato tem enfatizado fortemente a situação dos direitos humanos no Brasil para evitar a extradição. Representantes da Procuradoria-Geral da República, da Advocacia-Geral da União e do Ministério da Justiça do Brasil estavam na audiência.
Graciliano Rocha
Pizzolato chega em furgão da polícia (azul) para audiência na Corte de Bolonha, na Itália
CARDOZO
Antes da decisão da Justiça italiana, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou que uma das "hipóteses" do governo brasileiro seria pedir à Itália um segundo julgamento de Pizzolato sobre suas condutas no mensalão, caso não ocorra a extradição.
De acordo com o ministro da Justiça, o Brasil pode pedir esse segundo julgamento, caso não ocorra a extradição. "Caso não seja concedida a extradição, uma da possibilidade que deve ser estudada por nos é algo que está previsto no acordo, que a pessoa responda pelos crimes que praticou em julgamento no seu país. Ou seja extradita, ou que se peça que ele seja julgado e não fique impune", disse.
-
CONDENAÇÃO DE HENRIQUE PIZZOLATO
CRIMES Corrupção passiva, peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro
PENA 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão
O QUE ELE FEZ Em 2003 e 2004, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões que a instituição tinha no fundo Visanet para a DNA, agência de publicidade do empresário Marcos Valério que tinha contrato com o BB e foi usada para distribuir dinheiro a políticos. Pizzolato recebeu R$ 336 mil do esquema
O QUE ELE DISSE Pizzolato afirmou durante o julgamento que o dinheiro que recebeu era destinado ao PT e foi entregue a um emissário do partido. Ele se queixou do fato de que outros executivos do banco autorizaram repasses de recursos do Visanet e não foram processados. Ele nega que o dinheiro tenha sido desviado para o mensalão

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |