sexta-feira, 6 de julho de 2012

ECONOMIA: Dado de emprego dos EUA faz Bolsa cair e dólar subir a R$ 2,03




De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais


Foram criadas menos vagas de do que se esperava. Na Europa, Bolsa caem com alta do juro exigido pelos títulos da Espanha
SÃO PAULO - Com a piora no cenário internacional, o dólar comercial opera em alta na manhã desta sexta-feira, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), se desvaloriza. por volta de 12h45, a moeda americana subia 0,74% sendo negociada a R$ 2,0370 na compra e R$ 2,0390 na venda. No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,82% aos 55.355 pontos, seguindo o movimento dos mercados externos que refletem dados mais fracos do mercado de trabalho americano.

- Hoje deve ser um pregão de realização de lucros, já que a Bovespa não funciona na segunda, feriado em São Paulo - diz análise da Corretora Souza Barros.
Todas as ações mais líquidas do Ibovespa operam em queda: Vale PNA cai 1,72% a R$ 39,81; Petrobras PN se desvaloriza 2,24% a R$ 19,17; OGX Petróleo ON perde 0,97% a R$ 6,08 e Itaú Unibanco PN recua 1,12% a R$ 29,12. A desvalorização do preço das commodities no mercado externo prejudica o desempenho das blue chips. Segundo a agência Bloomberg, a Petrobras quer reduzir perdas com importação de combustíveis adicionando mais etanol à gasolina. A empresa, inclusive, já teria pedido autorização ao governo para isso.
O Ibovespa subiu por cinco pregões consecutivos. Na quinta, descolado dos mercados internacionais, o índice fechou em alta, puxado pelas ações da Petrobras. O índice subiu 0,54%, aos 56.379 pontos, com volume negociado de R$ 6,3 bilhões.
Na Europa, as Bolsas operam com desvalorização nesta sexta. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 2,89%; o Dax, do pregão de Frankfurt, recua 1,55%; o Cac, de Paris, perde 1,28% e o FTSE, da Bolsa de Londres, tem queda de 0,54%. Nos EUA, os índices também recuam. O S&P 500 cai 1,17%; o Dow Jones se desvaloriza 1,18% e o Nasdaq perde 1,42%. Os investidores repercutem a alta dos juros dos títulos da dívida da Espanha com vencimento de 10 anos, que subiram para próximo de 7%, nível considerável insustentável para que o país se refinancie.
Nem o crescimento acima do esperado da produção industrial da Alemanha, divulgado nesta sexta teve força para reverter o desânimo. A produção alemã subiu 1,6% em maio, impulsionada por uma alta de 3,8% na produção de bens de consumo e de 3,1% na atividade de construção.
O dado do mercado de trabalho nos EUA, que era muito esperado pelo mercado, decepcionou. A economia dos Estados Unidos gerou 80 mil empregos em junho. Em maio, foram criados 77 mil postos de trabalho, segundo números revisados. A abertura de novas vagas não foi suficiente para reduzir a taxa de desemprego, que permaneceu estável na comparação com o mês anterior em 8,2%, segundo o Departamento do Trabalho. Analistas esperavam a criação de 100 mil vagas. Com a criação de menos vagas do que o esperado, abre-se espaço para que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tome medidas de estímulo à economia, segundo analistas.
Para o vice-presidente executivo de tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, o dado mais fraco de emprego em junho confirma que o Fed terá que fazer esforços extras para fazer a economia americana crescer a um ritmo mais forte.
- O problema é que a reunião do Fed acontece apenas no dia 31 deste mês. Até lá, o pessimismo nos mercados deve persistir. A autoridade monetária americana terá que ter mais ousadia - avalia Folchini.
O vice-presidente do banco WestLB avalia que diversos indicadores da atividade econômica, seja de investimentos, emprego, produção, têm se deteriorado de forma generalizada em todo o mundo, não só na Europa, Estados Unidos e China.
- Basta ver os números no Brasil. O problema é que os esforços que o governo vem fazendo no sentido de estimular a economia, como elevar e baratear o crédito, não estão dando resultado - diz Folchini.
Na Ásia, os principais pregões fecharam em queda após a redução do juro anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Povo da China (Pboc). Analistas avaliam que se Pequim reduziu o juro duas vezes no mês, após a taxa ficar estál desde 2008, há indícios de que o crescimento da economia chinesa caminha para ficar abaixo de 8%. No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou 0,65%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, de Seul, caiu 0,92%. Na China, o Xangai Composto subiu 1,01% e em Hong Kong, a bolsa fechou em baixa de 0,04%.

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