quinta-feira, 5 de julho de 2012

ECONOMIA: Banco Central Europeu reduz juros para nível recorde


Da FOLHA.COM.BR

DA EFE E DA REUTERS, EM FRANKFURT, DE SÃO PAULO

O BCE (Banco Central Europeu) anunciou nesta quinta-feira a redução da taxa básica de juros para a zona do euro de 1% para 0,75% ao ano, o mais baixo desde a criação da moeda comum.
A medida era amplamente esperada pelos mercados financeiros.
Pesquisas econômicas divulgadas na quarta-feira sugeriram que mesmo a potência Alemanha está entrando em uma modesta contração e investidores já aguardavam uma atitude da autoridade monetária europeia.
O banco central estava sob pressão dos investidores e até mesmo do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Um corte da taxa de juros não é visto como uma panaceia para os problemas da zona do euro, que derivam de perda de confiança em finanças estatais e de bancos, mas uma redução nos custos de empréstimos mostraria que o BCE está pronto para injetar vida na economia.
O BCE também decidiu zerar sua taxa de depósito --que remunera o dinheiro guardado pelos bancos no banco central- ante uma taxa anterior de 0,25% ao ano. Dessa forma, a autoridade monetária estimula que os bancos voltem a intercambiar recursos entre si, ao em vez de repassar para a autoridade monetária a cada noite.
Mas o Banco Central do bloco econômico frustrou as expectativas dos especialistas e investidores que aguardavam o anúncio de uma nova rodada de dinheiro barato para o sistema financeiro.
Hoje, o Banco da Inglaterra comunicou que vai injetar 50 bilhões de libras na economia --o equivalente a US$ 78 bilhões-- através da compra de ativos financeiros dos bancos, o que tende a estimular o mercado de crédito.
CRISE HISTÓRICA
A União Europeia, e particularmente a zona do euro (o bloco dos países que partilham a moeda comum), enfrenta uma de suas piores crises econômicas.
A taxa de desemprego atingiu a marca histórica de 11,1% em maio, a pior desde a criação do euro, sendo que na Espanha, entre as quatro maiores economias do bloco, um quarto da força de trabalho está desocupada.
A economia dos 17 países da zona do euro deve afundar numa recessão modesta neste ano, após um crescimento muito fraco em 2011 (1,5%) e 2010 (2%) e uma grave recessão em 2009 (queda de 4,4%).
Especialistas alertam que mesmo países de economia mais robusta, a exemplo da Alemanha, já sentem os efeitos da crise. No início da semana, uma sondagem mostrou que o setor industrial do país germânico sofreu sua pior contração em três anos, principalmente devido à fraqueza da demanda externa. 


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