quinta-feira, 5 de julho de 2012

ECONOMIA: Petrobras puxa alta da Bovespa; Dólar sobe e vale R$ 2,03



De OGLOBO.COM.BR

Com agências internacionais


Mercado repercute redução de juro na zona do euro e na China
SÃO PAULO - O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), voltou a operar no campo puxado pelas ações da Petrobras. As 12h11m, o índice subia 0,69%, aos 56.466 pontos. O Ibovespa tem um dia de volatilidade, repercutindo a queda de juro anunciada pelo banco Central Europeu e o Banco da China. O dólar, que também operou em queda pela manhã, inverteu o sinal . Por volta de 12h10m, a moeda americana subia 0,34% cotada a R$ 2,0320 na compra e R$ 2,0340 na venda. Na máxima do dia, a divisa americana chegou a R$ 2,0390 e na mínima ficou em R$ 2,0190.

Segundo analistas, o dólar deve continuar pressionado no mercado doméstico com a percepção dos investidores de que o governo quer que a moeda americana flutue entre R$ 2,00 e R$ 2,10. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Mendes fizeram comentários favoráveis a um dólar mais alto, influenciando na alta da divisa nos últimos dois dias.
Na Bovespa, as ações ON da Petrobras sobem 4,29% a R4 20,44%; os papéis PN da empresa têm ganho de 3,96% a R4 19,70 e as ações ON da OGX se valorizam 3,82% a R$ 6,52.
Na Europa, o Banco Central Europeu divulgou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juro da zona do euro, de 1% para 0,75% ao ano. É a menor taxa desde a criação do euro, há 12 anos. Já o Banco da Inglaterra manteve a taxa de juro em 0,5% ao ano, mas aumentou o programa de compra de ativos em 50 bilhões de libras, totalizando 375 bilhões de libras.
Na China, o Banco do Povo da China - o banco central chinês - reduziu a taxa de juro pela segunda vez em um mês. Com isso, os bancos poderão reduzir o custo dos empréstimos, estimulando o crédito e ajudando a impulsionar a economia. A taxa de um ano para depósitos foi reduzida em 0,25 ponto porcentual, para 3%, e a taxa de um ano para empréstimos diminuiu 0,31%, para 6%. Em junho, o BC chinês havia reduzido as duas taxas em 0,25 ponto porcentual. Foi o primeiro corte nos juros desde dezembro de 2008.
As Bolsas europeias operaram em alta após o anúncio do BCE, mas inverteram a tendência e passaram a cair. Há pouco, o índice Ibex, da Bolsa de Madri, recuava 2,94%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, perdia 0,41%; o Cac, de Paris, desvalorizava 1,18% e o FTSE, da Bolsa de Londres, operava próximo à estabilidade, com leve alta de 0,01%.
Analistas europeus ouvidos por agências de notícias, dizem que com a queda de juro, que era esperada pelo mercado para estimular as economias, cresceu também a percepção de que os bancos devem lucrar menos. Menor lucro, segundo esses analistas, significa menos crédito. Esse seria o motivo para a baixa dos pregões.
- As Bolsas europeias subiram muito nos último dias à espera das medidas de estímulo à economia. Hoje, quando a queda de juro foi anunciado, os investidores estão realizando lucros - diz um analista de uma corretora de São Paulo.
Para reforçar as notícias positivas, nos Estados Unidos, o número de novos pedidos de seguro-desemprego caiu em 14 mil até a semana encerrada no dia 30 de junho, para 374 mil, após ter registrado 388 mil na semana anterior. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho. Analistas esperavam que o número de novos pedidos fosse de 385 mil, ante os 386 mil registrados na semana anterior.
As Bolsas operam sem tendência deifinida. O S&P 500 cai 0,23%; o Dow Jones se desvaloriza 0,16% e o Nasdaq inverteu o sinal e sobe 0,19%. Segundo analistas, as Bolsas americanas caem com um indicador do setor de serviços, divulgado nesta quinta, que teve desempenho inferior ao esperado pelo mercado em junho. Os dados foram divulgados pelo ISM (Institute for Supply Management). O ISM Services ficou em 52,1 pontos na passagem de maio para junho, resultado pior do que as projeções de analistas, que estavam em torno de 53 pontos. O número também ficou abaixo dos 53,7 pontos registrados no período anterior.
Na Ásia, as principais bolsas interromperam o rali de alta dos últimos dias e fecharam sem tendência comum, à espera da decisão do Banco Central Europeu. No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caiu 0,27%. Na China, o Xangai Composto recuou 1,17%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,50%.

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