quarta-feira, 13 de junho de 2012

POLÍTICA: Agnelo Queiroz presta depoimento à CPI do Cachoeira



De OGLOBO.COM.BR
Jailton de Carvalho / Chico de Gois


Governador do DF diz que é vítima de perseguição política
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), disse, durante depoimento para a CPI do Cachoeira, na manhã desta quarta-feira, que está sendo vítima de uma conspiração dos seus adversários para desgastar a sua imagem. Ele ressaltou também que não contratou nenhuma pessoa indicada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira ou pela Delta Construções - que, ontem, foi considerada inidônea pela Controladoria Geral da União (CGU).
- A organização aqui investigada tramou a minha derrubada. Um governo legitimamente eleito pelo povo do Distrito Federal. E não agiu só. Valeu-se das falsas acusações plantadas no noticiário, valeu-se de vozes com acesso às tribunas políticas deste país. (...) Não há no documento (da operação Monte Carlo) a indicação de um único fato que eu tenha praticado em favor de Carlos Cachoeira e da empresa Delta – afirmou.
- Sei que não é usual uma testemunha fazer o que peço. Mas ofereço dar a CPI todos os meus sigilos. Ouvi alguns dias atras de um homem do povo, o velho Adágio, segundo o qual quem não deve não teme – disse o governador, sendo fortemente aplaudido pela tropa de choque presente na comissão.
Sobre o contrato com a Delta para limpeza pública no DF , o governador ressaltou que esse contrato foi firmado antes de sua gestão, e mediante decisão liminar, determinada pela Justiça. Ele afirmou que 26 dias após tomar posse pediu auditoria nos serviços da limpeza. No último dia 6, o governo do DF notificou a empresa sobre o rompimento deste contrato.
- A empresa (Delta) foi desclassificada, e as outras empresas foram qualificadas, e assinaram contrato com a SLU ( Secretaria de Limpeza Urbana) . Veio a decisão judicial, que desqualificou o contrato. No lugar da Qualix e da Valor Ambiental, a SLU assinou contrato com a Delta. O preço baixo da Delta, de certo, tinha motivo para existir. Se os serviços fossem feitos ante um governo amigo, que permitisse ao lucro não ter fiscalização, permitia ter os preços baixos. Mas o governo eleito pelo povo do Distrito Federal não era amigo – disse Agnelo.
Agnelo afirma ainda que, em janeiro deste ano, iniciou a pesagem dos caminhões de lixo recolhido pela Delta, o que levou a uma redução de R$ 1 milhão nos pagamentos à empresa.
- As medidas adotadas pelo meu governo economizaram R$ 1 milhão, que deixou de ser repassado para essa empresa. Dinheiro publico que estava sendo repassado para essa empresa porque não tinha fiscalização nem controle.
Segundo o governador, as informações divulgadas na imprensa sobre casas de jogos fora dos limites do DF são “infundadas”.
- A história que hoje trago é a de um governo que vem sendo perseguido pelo crime organizado , de maneira orquestrada. É a historia de um governante que resiste e trabalha para construir a história do DF.
Protesto nos corredores
Nos corredores, alunos de universidade federais em greve protestavam cantando:
- Ô Agnelo, que papelão, tem para Cachoeira mas não tem para Educação!
De outro lado, a claque do governador presente hoje no Congresso, respondia:
- Deixa de mentira. Deixa o homem trabalhar!
E os alunos, voltam a responder:
- Deixam o homem roubar!
Vários secretários do DF estão presentes para assistir o depoimento e também deputados distritais da base.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) preparou uma bateria de perguntas para fazer ao governador do DF, Agnelo Queiroz. O deputado vai questionar o governador sobre supostas irregularidades que ele teria cometido na Anvisa e no Ministério do Esporte. Francischini também vai entregar um vídeo em que o soldado João Dias, o pivô do escândalo das ONGs no Ministério dos Esporte , diz que o dinheiro que se espalhou no gabinete no Palácio do Buriti teria origem no jogo do bicho.
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