Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Não deixa de ter sido um pouco estranho o DataFolha
haver incluído em sua última pesquisa sobre a popularidade da presidente Dilma e
a aceitação de seu governo uma pergunta específica para saber quem deveria ser o
candidato do PT ao Palácio do Planalto em 2014. Deu Lula com folga e não Dilma,
apesar do prestígio da presidente estar nas alturas e em crescimento (66%) muito
acima do que Lula e FHC alcançaram em períodos idênticos de governo. No entanto,
mesmo a informação de que o PT prefere Lula a Dilma (também não é uma surpresa)
é boa para ela. Por mais que sonhem os mais lulistas dos petistas, Lula, pelas
peripécias que enfrentou - e ainda está enfrentando -, é peça fora do esquadro
na sucessão presidencial de 2014. Vai colher votos, não para ele. Assim, Dilma
aparece como única opção viável para o PT, só correndo riscos se a economia
começar a fraquejar e os sonhos de consumo da chamada nova classe média sofrer
um baque. O que explica a insistência dela em não deixar arrefecer o consumo, as
pressões para a queda dos juros e o aumento da oferta de crédito bancário. E
enquanto ela for a perspectiva de poder, os aliados, mesmo contrariados em
alguns desejos, não abandonarão o iate presidencial.
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