segunda-feira, 23 de abril de 2012

ECONOMIA: Bolsa amplia queda e cai mais de 2%; dólar sobe e vale R$ 1,88



De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais

Dados da economia chinesa e da Europa colocam em xeque crecimento global
SÃO PAULO - O dólar subia 0,85% frente ao real, por volta de 11h desta segunda-feira, cotado a R$ 1,8860 na venda e R$ 1,8840 na compra. Segundo operadores de mercado, a moeda americana reflete a aversão ao risco no exterior após dados ruins da economia da China e da Europa, que colocam em xeque o crescimento da economia global. A eleição na França também é analisada pelo mercado. A Bovespa segue o mau humor dos mercados internacionais e às 11h operava com queda de 2,08% aos 61.192 pontos.

Segundo o banco HSBC, em parceria com o instituto Markit, a atividade manufatureira chinesa em abril ficou em 49,1 contra 48,3 em março. O número indica que o setor pode fechar o sexto mês consecutivo de baixa. Abaixo do patamar de 50 pontos, o indicador sinaliza contração da atividade econômica.
Na Bolsa brasileira, empresas exportadoras e com grande dependência do mercado chinês, como a Vale, sentem o impacto do indicador. As ações PNA da Vale caem 2% a R$ 41,09. Outras ações de maior peso no Ibovespa também operam em queda. Os papéis PN da Petrobras caem 1,39% a R$ 21,16; OGX Petróleo ON se desvaloriza 3,35% a R$ 12,68; Bradesco PN se desvaloriza 0,92% a R$ 30,05 e Itaú Unibanco PN perde 2,01% a R$ 31,57.
Na zona do euro, a estimativa preliminar para o índice composto dos setores de serviço e manufatureiro mostra que o indicador caiu para 47,4 em abril, mínima em cinco meses, frente a 49,1 em março, segundo o instituto Markit.
Na Europa, as bolsas de valores operam em baixa. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 2,84%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, perde 2,97%; o Cac, da Bolsa de Paris, se desvaloriza 2,28% e o FTSE, da Bolsa de Londres, cai 1,79%. Nos EUA, os pregões também operam em forte queda. O Dow Jones perde 0,96%; o Nasdaq se desvaloriza 0,97% e o S&P 500 cai 1,06%. Além dos dados economômicos da China e da Europa, os investidores avaliam os desdobramentos do processo eleitoral na França, onde o candidato à presidência François Hollande saiu na frente na disputa pelo segundo turno com Nicolas Sarkozy, que tenta a reeleição. Hollande afirma que pretende taxar o sistema financeiro e renegociar o pacto fiscal europeu se vencer as eleições, o que mexeu com os mercados.
- O peso da França na zona do euro é muito grande e no atual processo de contenção de gastos e políticas fiscais restritivas, uma mudança de posicionamento sobre as finanças pode ser desastrosa neste momento para a região - diz em análise o estrategista Jason Vieira, da Corretora Cruzeiro do Sul.
Além disso, dados indicam que a Espanha está oficialmente em recessão. O banco central espanhol divulgou nesta segunda-feira que o Produto Interno Bruto encolheu 0,4% no primeiro trimestre deste ano, depois de encolher 0,3% no quarto trimestre do ano passado. Duas quedas consecutivas no PIB caracterizam tecnicamente uma recessão econômica.
No mercado corporativo, o Bradesco anunciu lucro de R$ 2,79 bilhões no primeiro trimestre do ano. O lucro é o quarto maior da historia entre os bancos de capital aberto brasileiro, segundo a consultoria Economática.
De acordo com o boletim Focus, o mercado financeiro reafirmou, pela sexta semana consecutiva, a previsão de que a Selic será mantida em 9% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio.

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