terça-feira, 17 de outubro de 2017

SEGURANÇA: 'Guerra na Rocinha acabou, mas tiroteios fazem parte da comunidade', diz Jungmann

OGLOBO.COM.BR
POR JULIANA ARREGUY

Ministro admite atraso em entrega de pacote social, mas espera medidas para este mês

Ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante evento no Forte de Copacabana - Custódio Coimbra / Agência O Globo

SÃO PAULO - A situação de guerra na Rocinha acabou, mas os tiroteios já são "parte da história da comunidade", segundo avaliação do ministro da Defesa, Raul Jungmann, Durante evento da Força Aérea Brasileira (FAB) em São Paulo, na manhã desta terça-feira, o ministro disse que o combate ao crime organizado é tarefa da polícia estadual e que cabe ao Exército, subordinado à sua pasta, apenas apoiar as ações.
— Quando chegamos (à Rocinha), havia uma guerra e hoje não existe mais isso. Existe tiroteio, mas infelizmente faz parte da história da comunidade. Aquela situação agravada, do jeito que estava, não existe mais — disse o ministro.
Jungmann admitiu atraso na implementação de um "pacote social", anunciado em setembro, destinado às comunidades cariocas. O plano teria o objetivo de promover iniciação esportiva, alimentação e assistência aos jovens.
— Essa abordagem deveria ser essencial, faz parte do programa e está atrasada por dificuldades no plano orçamentário, mas espero que esse mês ainda venha a sair — disse.
Além disso, também havia sido prometida ainda no primeiro semestre ações surpresa de inteligência interna contra o tráfico de drogas, acompanhada da atuação do Exército em conjunto com as forças policiais. Apesar dos confrontos recentes na Rocinha, o ministro garantiu que essas ações de inteligência têm sido executadas — ele não detalhou de qual forma.
— Nós já estamos na quinta ou sexta atividade. Mas não temos a pretensão de ficar patrulhando o tempo todo, porque o crime tira férias e volta — observou.
Os embates entre o poder público sobre questões relacionadas à segurança do Rio foram minimizados pelo ministro, que chegou a afirmar que a comunicação entre as esferas federais, estaduais e municipais vai “muito bem”.
CAÇAS SUECOS
Na saída do evento, o ministro também fez comentários sobre a instalação da fábrica sueca de aviões de caças em São Bernardo do Campo, parte de um acordo entre os governos dos dois países, que está atrasada. A observação de Jungmann, porém, recaiu indiretamente sobre o processo que tramita na 10° Vara Federal de Brasília na qual o ex-presidente Lula é réu por suposto tráfico de influência na compra dos aviões.
— Se existiu alguma corrupção no processo foi da porteira para fora. Nunca dentro da Aeronáutica ou das Forças Armadas. Não existe nenhum indicativo de corrupção dentro das Forças Armadas. Se existiu fora delas, não posso responder por isso — declarou.
O projeto de construção da fábrica foi aprovado ao fim de 2013. O planejamento inicial era que o Brasil iniciasse a produção das próprias aeronaves Grippen a partir de 2019.

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