terça-feira, 17 de outubro de 2017

LAVA-JATO: Ponto Final: Raquel Dodge defende prisão de Jacob Barata e Rogério Onofre

OGLOBO.COM.BR
POR ANDRÉ DE SOUZA

Investigados foram presos por ordem de Marcelo Bretas, mas soltos por Gilmar

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, durante julgamento no Supremo Tribunal Federal - Ailton de Freitas/Agência O Globo/11-10-2017

BRASÍLIA — Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a volta para a prisão do empresário Jacob Barata Filho e e de outras seis pessoas. Eles foram presos por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, relator dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no Rio, mas libertados pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.
A procuradora-geral também pediu a manutenção da prisão do ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) do Rio de Janeiro Rogério Onofre de Oliveira. Ele também foi solto por Gilmar Mendes, mas foi preso novamente por ordem de Marcelo Bretas.
Além de Jacob Barata, Dodge também pediu que voltem a ser preso Marcelo Traça Gonlalves, Cláudio Sá Garcia de Freitas, David Augusto da Câmara Sampaio, Dayse Deborah Alexandra Neves, Enéas da Silva Bueno e Otacílio de Almeida Monteiro. No caso de Jacob Barata, a Segunda Turma do STF já confirmou a decisão de Gilmar, substituindo a prisão preventiva por medidas cautelares, como o recolhimento no período noturno e nos fins de semana e feriados.
Embora peça que todos os oito voltem à prisão, a argumentação do parecer se concentra no caso de Rogério Onofre e sua mulher, Dayse Deborah Alexandra Neves. Dodge argumenta que os dois lavaram dinheiro e mandaram recursos para o exterior, mas a quantia ainda não foi repatriada. Dayse foi presa pela primeira vez com o marido, mas não foi incluída no segundo pedido de prisão.
"Salienta-se que os valores referidos nesta peça de aditamento permanecem pendentes de repatriação. Para tanto, a liberdade de qualquer do pacientes representa – ao menos por ora – grave risco de aperfeiçoamento da ocultação e até mesmo de embaraço subreptício à recuperação desses e de outros eventuais produtos dos ilícitos, ainda desconhecidos. Uma forma legal de assegurar que isso não ocorra é devolvendo ao cárcere Rogério Onofre de Oliveira e Dayse Deborah Alexandra Neves, sob a forma de prisão preventiva", escreveu a procuradora-geral.
Em outro ponto, ela diz que, "por receio de que a 'Operação Java-Jato' os alcançasse, os integrantes do ramo da organização criminosa de Sérgio Cabral, ligados ao setor de transporte público do Rio de Janeiro, tinham o hábito de destruir arquivos eletrônicos de suas tratativas escusas e da contabilidade paralela da Fetranspor, arrecadada para entrega das propinas". Fetranspor é a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro.

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