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PAINEL
De quem é a bola
Com a perspectiva de superar a segunda denúncia contra Michel Temer, aliados do Planalto dizem que a prioridade deve ser pacificar a relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O democrata tem evidenciado diariamente sua disposição para criticar integrantes e medidas do governo, o que inviabilizaria qualquer tentativa de retomada da pauta econômica. O pano de fundo do impasse é uma disputa velada pela condução da agenda do país daqui até o fim de 2018.
Preparar a terra
O grupo mais próximo a Temer no Congresso diz que, com o clima que há hoje, nem sequer seria possível encaminhar as medidas provisórias do ajuste fiscal logo após a denúncia. Maia avisou que não receberá mais MPs e o tiro poderia sair pela culatra.
Ponto de vista
Aliados de Maia avaliam que, mesmo enterrando a segunda denúncia, Temer concluirá esta etapa tão fragilizado que o poder do Congresso sobre o governo aumentará substancialmente. Daí a tentativa do presidente da Câmara de se colocar como líder do processo.
Risco futuro
Integrantes do centrão disseram a Temer que calculam, hoje, entre 230 e 240 votos a favor de sua permanência no cargo. Concluíram a análise com a lembrança de que o número não é suficiente para aprovar matérias importantes.
Deixa estar
O governo, por sua vez, tem feito o possível para evitar a divulgação de previsões sobre o número de votos que terá na próxima semana. Quanto maior a pressão pelo placar, maior a fome por cargos e emendas.
Reprise
Assim como na primeira acusação, o PP fechará questão a favor de Temer. A sigla é um dos pilares de sustentação do governo.
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