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O empresário Alexandre Accioly, sócio da Bodytech, amigo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), iniciou conversas com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato para um acordo de delação premiada. O foco dos relatos seriam acusações de corrupção e lavagem de dinheiro que envolveriam Aécio. O tucano chegou a ser afastado do Senado em maio por determinação do ministro Edson Fachin, mas retornou em julho.
Accioly foi citado na delação de Henrique Valladares, ex-diretor da área de energia da Odebrecht. De acordo com Valladares, a empresa pagou propina a Aécio por meio de uma conta do empresário em Cingapura, no Sudeste Asiático. O dinheiro seria para comprar o apoio do PSDB ao consórcio que a Odebrecht liderava no leilão das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.
"Então, o Dimas [Toledo, ex-diretor de Furnas e homem de confiança de Aécio] me traz um papelzinho com o nome do Accioly. Eu sabia que era amigo do governador [Aécio]. Eu me recordo que é em Cingapura a conta", disse Valladares. As informações são da Folha. 
Ex-diretor da Odebrecht apontou propina a Aécio (direita) por meio de uma conta de Accioly (centro)
Na ocasião, Accioly negou ser o "titular de recursos de qualquer conta ou estrutura financeira em Cingapura". Aécio também alegou que as afirmações eram falsas.
Accioly é padrinho de um dos filhos do senador tucano. Na BodyTech, ele tem como sócio o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), citado na delação de três executivos da Odebrecht e na delação de Ricardo Saud, executivo da JBS.
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