quarta-feira, 6 de julho de 2016

LAVA-JATO: Petrobrás diz que Cunha enriqueceu com 'sangria' de corrupção e quer ajudar acusação

ESTADAO.COM.BR
GUSTAVO AGUIAR - O ESTADO DE S.PAULO

Em março deste ano, o STF aceitou a primeira denúncia contra o parlamentar, por suposto recebimento de propina pela venda de navios-sonda; pedido da petroleira para ser assistente de acusação precisa ser autorizado pelo relator da Lava Jato

BRASÍLIA - A Petrobrás entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido para figurar como assistente de acusação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo em que ele é réu por receber US$ 5 milhões de propina em contratos de navios-sonda com a petroleira. Segundo o documento, o deputado enriqueceu com recursos "oriundos da sangria" de corrupção instalada na empresa.
Auditoria da Receita apontou que Cunha teve gastos que não eram compatíveis com os rendimentos

Em março deste ano, o STF aceitou a primeira denúncia contra Cunha, por suposto recebimento de propina pela venda de navios-sonda da Petrobrás. A Corte também aceitou a acusação da Procuradoria-Geral da República contra a prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB-RJ), ex-deputada e aliada de Cunha no esquema que garantiu ao parlamentar os repasses ilegais pelos quais responde. 
"Mantém-se incólume o encadeamento narrativo e probatório indiciário que evidenciam que o 1° denunciado (Cunha), com o auxílio pontual porém decisivo da 2ª denunciada (Solange Almeida), locupletou-se ilegalmente de pelo menos US$ 5 milhões oriundos da sangria perpetrada por agentes diretores da requerente (Petrobrás) e intermediadores financeiros nos dois contratos dos navios-sondas em questão", diz o documento enviado ao STF. 
A estatal sustenta não haver dúvidas de que foi a maior vítima do esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato, "pois sofreu diretamente os efeitos negativos do delito praticado".
O pedido para que a empresa seja assistente de acusação contra Cunha precisa ser autorizado pelo relator da Lava Jato, Teori Zavascki. Se for aceita, a empresa poderá auxiliar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e terá acesso à integra do processo, além de poder opinar sobre o caso.

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