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Em Paris (França)
Prefecture de Police/AP
Amedy Coulibaly, sequestrador que manteve reféns em mercado judaico em Paris
Detidas duas pessoas suspeitas de terem proporcionado armas a Amedy Coulibaly, um dos terroristas dos atentados de Paris em janeiro de 2015, foram informou nesta terça-feira (15) o canal BFMTV.
Trata-se de um homem e uma mulher presos no norte da França pela Subdireção Antiterrorista da Polícia (SDAT) que não necessariamente sabiam o que Coulibaly faria com as armas, utilizadas por ele para manter reféns as pessoas que estavam em um supermercado judeu da capital francesa em 9 de janeiro, afirmou a BFMTV.
O homem é Claude Hermant, um conhecido ultradireitista de Lille, de cerca de 50 anos, antigo militar e ex-membro do serviço de segurança da Frente Nacional (FN), que supostamente colaborava com a Gendarmaria como informante.
Hermant já estava na prisão desde o fim de janeiro, quando foi acusado por tráfico de armas, mas uma porta-voz da Promotoria especificou à agência Efe que esse é um assunto diferente, o que levou a interrogá-lo agora sobre a provisão do arsenal a Coulibaly.
A mulher é sua esposa, que administrava uma empresa de 'paintball' por meio da qual eram importadas armas que supostamente eram depois revendidas.
Várias armas que estavam junto ao corpo de Coulibaly (um kalashnikov VZ 58 Compact de marca CZ e duas pistolas Tokarev TT33) e que ele havia usado no ataque tinham passado pelo negócio de Hermant.
Um jornal de Lille filtrou em maio seu possível envolvimento na logística dos atentados jihadistas de janeiro. A resposta do acusado, então, foi dizer que, se existisse, esse vínculo só podia ser indireto.
Quatro reféns do supermercado Hyper Cacher foram assassinados por Coulibaly antes de ele ser baleado pelas forças da ordem.
Outros sete homens estão acusados por terem prestado apoio logístico aos autores dos atentados de janeiro em Paris, que causaram 17 mortes, e todos eles negam saber dos preparativos desses ataques jihadistas.
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