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Foto: Cristiano Mariz/Veja
O pecuarista José Carlos Bumlai confessou em depoimento à Polícia Federal (PF) que repassou o empréstimo de R$ 12 milhões tomado junto ao Banco Schahin para o PT. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, ele relatou que o dinheiro era destinado para um "caixa dois" para campanhas eleitorais do partido. Preso desde o dia 24 de novembro na Operação Lava Jato, Bumlai havia negado o repasse em um primeiro depoimento na última sexta-feira (11). Ele afirmou que metade do valor foi enviado ao diretório do PT de Santo André, em São Paulo. O empresário Ronan Maria Pinto teria pedido R$ 6 milhões para não revelar o esquema de caixa dois. Na confissão, ele também revela que a outra metade do empréstimo foi destinada ao PT de Campinas, também em São Paulo, com o objetivo de pagar dívidas de campanha. Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) apontam que o empréstimo serviu como moeda de troca por um contrato de R$ 1,6 bilhão com a Petrobras para o fornecer e operar navios-sonda para a prospecção de patróleo. Nesta segunda-feira (14), o pecuarista foi denunciado pelo MPF por corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro (veja aqui). Esta foi a primeira acusação formal contra ele. Caso ela seja aceita, o empresário se torna réu e vai responder pelo caso na Justiça.
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