quinta-feira, 27 de novembro de 2014

POLÍTICA: PT diz que nova equipe econômica fará o ajuste necessário. Aécio diz que Dilma é ‘refém’ de contradições

OGLOBO.COM.BR
POR CRISTIANE JUNGBLUT

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) declarou que, ao contrário dos governos tucanos, o ajuste é uma etapa, e não “um fim em si mesmo”
BRASÍLIA - Líderes do PT e do PMDB no Senado elogiaram as indicações de Joaquim Levy e de Nelson Barbosa para os ministérios da Fazenda e do Planejamento, respectivamente. O discurso é de que darão "credibilidade" à equipe econômica e farão ajustes fiscais para promover a retomada do crescimento do país. Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que Dilma "mentiu durante a campanha eleitoral" e que o governo dela é "refém de contradições".
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que Levy e Barbosa têm credibilidade junto ao mercado e aos partidos políticos. Afinado com o Palácio do Planalto, o petista disse que eles farão o ajuste necessário, mas que isso é apenas "uma etapa" e não um fim em si mesmo, como na era do PSDB.
- Foi um gol de placa. Foi muito importante a fala deles no sentido da necessidade do ajuste, de choque, de combate à inflação, mas entendendo isso como uma etapa necessária para a retomada do crescimento. A nossa diferença para os tucanos é que, para eles, o ajuste fiscal é um fim, uma política em si e não uma etapa. E nossa receita será bem menos amarga do que aquela que eles aplicaram - disse Humberto Costa, acrescentando:
- E são pessoas que têm credibilidade junto ao mercado e aos partidos.
Ex-ministra da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), fez vários elogios à escolha dos dois ministros e da manutenção de Alexandre Tombini no Banco Central.
- Vão dar à presidente Dilma grande estabilidade. São os três mosqueteiros da presidente Dilma. E vão dar condições de desenvolvimento e, sobretudo, de continuidade, em relação ao discurso da campanha, porque ela vai continuar os programas que estão dando esses resultados - disse Gleisi, que fez uma homenagem ao atual ministro da Fazenda, Guido Mantega:
- Muitas vezes se criticou o ministro Mantega nos últimos anos. Mas sei a dureza que é estarmos num cargo público em momentos difíceis.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), fez quetão de dizer que eles tinham credibilidade no mercado, mas alertou para os momentos difíceis da economia.
- Cria um momento de credibilidade, mas a perspectiva de um ano fiscal não é das mais alvissareiras - disse Eunício.
Candidato derrotado nas eleições, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que a presidente Dilma Rousseff "mentiu na campanha eleitoral" e tenta desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao querer mudar a meta fiscal de 2014.
- As contradições, cada vez maiores, da presidente Dilma Rousseff sinalizam um governo sem planejamento, que não sabe a direção que vai tomar. Hoje, fica evidente que ela sabia estar mentindo ao país durante toda a campanha eleitoral. A presidente escolheu novos nomes para área econômica do governo tentando acalmar o mercado e recuperar a credibilidade perdida. Mas, ao mesmo tempo, protagoniza no Congresso mais um violento ataque à credibilidade do país ao afrontar a Lei de Responsabilidade Fiscal, alterando as metas de superávit, e usando como moeda de troca os cargos públicos de sempre - disse Aécio Neves, acrescentando:
- Qual é o verdadeiro rosto do novo governo Dilma Rousseff? Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), elogiou os nomes, mas disse não saber se eles terão autonomia para trabalhar.
- São nomes que dão respaldo técnico à nova equipe econômica, mas que não são adeptos do mesmo Evangelho que Aloizio Mercadante (Casa Civil). Mas política macroeconômica do governo Dilma fracassou e até que ponto eles terão autonomia para corrigir rumos? - disse Aloysio.
O vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), comemorou.
- Colocaram sangue novo na equipe - disse Raupp.

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