Do UOL, em São Paulo
O dólar comercial fechou em queda de 0,47%, a R$ 2,537 na venda nesta terça-feira (25), depois de ter subido mais de 1% na véspera.
Segundo a agência de notícias Reuters, os investidores ainda estavam animados pelas notícias sobre a equipe que deve comandar a economia no segundo mandato de Dilma Rousseff.
O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy deve assumir o Ministério da Fazenda; Alexandre Tombini deve permanecer no Banco Central; e o ex-secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, deve ser nomeado para o Ministério do Planejamento.
"O mercado continua de bom humor. A trinca [da equipe econômica] deu uma boa acalmada no pessimismo", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Segundo ele, o que vai definir se o dólar consegue sustentar a trajetória de queda para abaixo do nível de R$ 2,50 será o discurso das autoridades, após o anúncio. "O mercado quer ver sinais de que eles vão ter independência", acrescentou.
Nova equipe deve assumir logo após anúncio
A nova equipe econômica de Dilma deve assumir logo após o anúncio oficial, de acordo com o jornal "Folha de S.Paulo", que ouviu assessores presidenciais.
O atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve se despedir do cargo já na próxima sexta-feira (28) para dar lugar a Joaquim Levy. O mesmo deve acontecer no Planejamento, com Miriam Belchior dando lugar a Nelson Barbosa.
Ainda segundo o jornal, o anúncio oficial da nova equipe depende da votação no Congresso de um projeto de lei que permite ao governo abater gastos com o PAC e desonerações da meta de superavit primário deste ano.
O projeto foi aprovado pela segunda vez em uma comissão mista do Congresso nesta terça, e agora segue para análise final no plenário.
Atuação do BC no mercado de câmbio
O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados.
Foram vendidos 2.500 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 1.500 vencendo em 1º de setembro do ano que vem.
A operação movimentou o equivalente a US$ 197,4 milhões.
O BC também vendeu a oferta total de até 14 mil contratos em um segundo leilão, desta vez para estender o vencimento dos contratos que vencem em 1º de dezembro.
Foram vendidos 5.650 contratos para 3 de novembro de 2015 e 8.350 para 4 de janeiro de 2016, com volume correspondente a US$ 683 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 8,037 bilhões, ou cerca de 82% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 9,831 bilhões.
(Com Reuters e Valor)
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