sexta-feira, 14 de novembro de 2014

ECONOMIA: Vendas do comércio têm alta de 0,4% em setembro, diz IBGE

FOLHA.COM
LUCAS VETORAZZO, DO RIO
DE SÃO PAULO

As vendas do comércio varejista em setembro tiveram alta de 0,4% em relação ao verificado em agosto, quando tinham aumentado em 1,2%, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (14).
Em agosto, o comércio havia registrado a primeira alta após dois meses de queda seguida. Com o resultado de setembro, o volume de vendas têm a segunda alta consecutiva.
Na comparação com setembro do ano passado, o varejo teve alta de 0,5%. Ainda que tenha acelerado, o percentual de crescimento no mês foi o menor desde 2004.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2014, as vendas do comércio acumulam crescimento de 2,6%. A taxa em 12 meses encerrada no mês passado teve uma expansão de 3,4%.
Pétala Lopes/Folhapress 
Loja de roupas infantis por atacado no Brás, em São Paulo
O desempenho no mês ficou igual ao esperado por analistas ouvidos pela Bloomberg (0,40% contra agosto). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, os números ficaram abaixo das expectativas, que eram de avanço de 0,70%.
Embora tenha registrado alta em todas as bases de comparação, o crescimento das vendas do comércio apresenta desaceleração em relação ao observado em anos anteriores.
A gerente da coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos, explicou que à despeito da alta, as vendas estão menos robustas por conta da inflação persistente diante a uma renda que acelera pouco e o crédito que está menos abundante. "Isso impacta diretamente nas vendas do varejo".
RECEITA
Além do volume de vendas, que subiu em todas das bases de comparação, o comércio teve também altas nos indicadores de receita nominal.
A receita de setembro a agosto avançou 0,7%. Na comparação de setembro com igual período do ano passado, a receita teve alta de 6,9%. Nos nove primeiros meses do ano, o percentual foi 9% maior. Nos doze meses encerrados em setembro, a alta foi de 9,8%.
SEGMENTOS
O chamado varejo simples, que não inclui veículos e material de construção, cresceu de agosto para setembro em quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE na categoria.
Os destaques foram móveis e eletrodomésticos (1,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%), combustíveis e lubrificantes (0,7%) e artigos farmacêuticos (0,4%). Vasconcellos explicou que a maioria desses itens tiveram variação de preço abaixo da inflação.
Tecidos, vestuário e calçados (queda de 3%), livros, jornais e revistas (-2,2%) e material de escritório (-2,1%) foram os destaques negativos.
Houve queda também de 0,3% das vendas de hipermercados e supermercados, setor importante na composição do consumo do brasileiro. Segundo Vasconcellos, a variação de preço dos alimentos em geral está acima da inflação média, o que faz com que os consumidores optem por alternativas mais baratas ou evitem comprar artigos que não sejam de primeira necessidade.
VAREJO AMPLIADO
As vendas do chamado varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, tiveram alta de 0,5% na passagem de agosto para setembro. Em agosto, o índice havia tido queda de 0,4%.
Em outras bases de comparação, contudo, as vendas registraram queda. Na comparação de setembro com igual período do ano anterior, houve queda de 1,2%. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a queda foi de 1,4%. Nos 12 meses encerrados em setembro, o recuo foi de 0,1%.
Veículos continuam sendo o vilão do indicador ao apresentar quedas expressivas de venda nos períodos apurados pelo IBGE. Houve queda de 0,6% em setembro frente a agosto; recuo de 4,5% em setembro frente a igual período do ano passado; retração de 9,2% no ano; e redução de 6,8% no acumulado em doze meses.
A técnica do IBGE lembrou que embora tenha registrado quedas, o segmento de veículos reduziu o ritmo de recuo de vendas na comparação interanual. Em setembro houve queda de 4,5% ante setembro de 2014.
Essa taxa em agosto apresentou queda de 17,4% e em julho, de 12,5%. "Passou de uma queda de dois dígitos para uma queda de um dígito", disse.

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