quinta-feira, 13 de novembro de 2014

COMENTÁRIO: Marta Suplicy volta a atirar em Dilma. Pobre Dilma!

Por Ricardo Noblat - Do Blog do Noblat
OGLOBO.COM.BR

Presidente tente tirar por menos a carta de demissão da ex-ministra da Cultura. Sem sucesso.
Em Doha, no Qatar, de passagem para a Austrália, tia Dilma chamou dois jornalistas de “querido”. Isso é grave. Foi a primeira vez depois de reeleita que ela chamou jornalistas de “queridos”.
Quando a tia geralmente procede assim é sinal de que os jornalistas a irritaram. Ou seja: de que eles cumpriram com sua obrigação – a de perguntar sem temer a reação do entrevistado.
A ex-ministra Marta Suplicy, da Cultura, aproveitou a ausência de Dilma no Brasil para divulgar sua carta de demissão. Um dos parágrafos da carta foi especialmente venenoso. Este:
- Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente e experiente, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo (...)
Quer dizer: Marta não considera a atual equipe econômica nem independente nem experiente porque depende de... Dilma, a que centraliza poderes. Assim como considera o governo carente de confiança e de credibilidade.
O primeiro jornalista chamado de “querido” por Dilma perguntou sobre o que ela achara do tom crítico da carta de demissão de Marta. Dilma respondeu de cara feia:
- Meu querido, esta é uma opinião dela. Eu acho que as pessoas têm direito de dar opinião. Eu não acho nem A, nem B.
O segundo jornalista chamado de “querido” por Dilma perguntou sobre a eventual participação de Lula nas decisões dela. Dilma respondeu de cara mais feia ainda:
— Meu querido, me desculpa, mas não tem cabimento isso.
Não tem cabimento o quê? Lula participar de decisões que Dilma toma ou tomará? Ou não tem cabimento a pergunta do jornalista?
Foi visível o empenho de Dilma em tentar levar os jornalistas na conversa. Quando perguntaram se conhecera o conteúdo da carta antes de voar para Doha, ela respondeu:
- Eu conversei com a ministra, e nós acertamos a saída. Ela falou para mim, tem mais de um mês que isso está acertado.
Ou seja: os jornalistas perguntaram uma coisa e Dilma respondeu outra. Como de praxe. Por fim, Dilma negou que tenha ficado incomodada com o episódio. E disse que seria “uma injustiça com a ministra” afirmar ou sugerir dizer que ela esperou a viagem para devolver o cargo.
Em entrevista à jornalista Cristiana Lôbo, da GloboNews, Marta confirmou que pediu demissão com Dilma em viagem. E justificou:
— Bom, porque eu sou uma mulher independente. Sempre tive isso de determinação e coragem para fazer o que eu acho que tem que ser feito.
Sobre o parágrafo venenoso de sua carta, Marta não se esquivou:
— Eu sou paulista e São Paulo sente as agruras dessas dificuldades econômicas que o Brasil está vivendo.
Pobre Dilma! Como estão sendo duros com ela!
Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com a Xeica Moza bint Nasser (Imagem: Roberto Stuckert Filho / PR)

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