Por Gabriel Garcia - Do blog do NOBLAT
Apesar do esforço para convencer os críticos de sua capacidade política, a presidente Dilma Rousseff não apenas falhou nessa missão, como mostra novamente que depende - e muito - do seu padrinho, o ex-presidente Lula.
Em 2010, Lula sacou Dilma da chefia da Casa Civil para apoiá-la como candidata a presidente sem que ela tenha disputado sequer uma eleição para síndico de prédio. Na época, Dilma venceu o ex-governador de São Paulo José Serra.
Quando muitos acreditavam que ela conseguiria se desvencilhar do apelido de poste, Dilma não consegue brilhar sozinha. Novamente, recorre a ele: Lula.
Nas eleições deste ano, empacaram as conversas com os partidos aliados. Leve-se em consideração o PMDB, principal aliado de Dilma, que ocupa a vice-presidência da República com Michel Temer.
Na semana passada, os senadores Eunício Oliveira (CE), Eduardo Braga (AM), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO), todos do PMDB, saíram sem alarde do Senado para conversar com Lula em um hotel em Brasília.
Pediram que o ex-presidente fale com representantes do PT nos estados para destravar as alianças. Há reclamação em especial com o PT do Ceará, que não confirma apoio à candidatura de Eunício ao governo.
Na segunda, houve outra reunião. Repetiu-se o assunto.
Eunício diz o motivo pelo qual os políticos do seu partido têm falado tanto com Lula: “O Lula sabe ouvir os aliados”.
Dilma não sabe? É só andar pelo Congresso que a resposta será unânime: não.
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