terça-feira, 29 de outubro de 2013

POLÍTICA: O dilema do PT

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

A não ser que haja uma surpresa de última hora, Ruy Falcão, apoiado por Lula e Dilma, será reeleito no mês que vem presidente nacional do PT. Contudo, o processo de eleição direta do partido está expondo algumas fraturas internas, mais fortes que no passado. Há, entre os mais "puristas" (ou mais "radicais") petistas uma insatisfação crescente com as políticas e alianças do partido e uma constante infelicidade com parte da política econômica do governo. Na semana passada, num debate entre os candidatos à presidência nacional, a algaravia das queixas e críticas foi tanta que Falcão chegou a ironizar : "Ás vezes dá a impressão de que somos oposição ao nosso governo". Dá mesmo. 

O dilema do PT - 2
Diante das inquietações, as pesquisas (a última do Ibope na semana passada) embora continuem indicando Dilma como favorita contra qualquer dos candidatos que se apresente contra ela, indicam também que sua preferência no eleitorado estagnou, depois de uma pequena recuperação após a brutal queda junina. Ainda não voltou à zona de conforto, apesar da superexposição que está tendo desde lá, sempre com distribuição de bondades. É neste quadro que o PT resolveu encomendar uma pesquisa para saber o poder de transferência de voto de Lula, o peso do ex-presidente como cabo eleitoral. Precisaria, depois das demonstrações que ele deu com as eleições de Dilma e Fernando Haddad ? Mas vai que...

Os dilemas de Aécio
Primeiro, cabe ao mineiro convencer uma parte do eleitorado de que será ele e não José Serra o candidato do PSDB - o ex-governador paulista ainda é uma sombra que assusta, principalmente pelo seu bom desempenho quando incluído nas pesquisas, apesar da fortíssima rejeição que sempre carregou. Depois, encontrar um discurso mais objetivo, que vá além das críticas às políticas oficiais, especialmente à econômica, e à tentativa de resgatar a herança de Fernando Henrique Cardoso. Agora, anuncia-se que será antecipado para dezembro o lançamento de seu programa econômico.

Os dilemas de Campos
O primeiro, é um tanto quanto parecido com o de Aécio Neves: convencer boa parte do eleitorado de que será ele e não Marina Silva a candidata da parceria PSB-Rede Solidariedade. A superexposição de Marina, mais fortemente crítica de Dilma que o governador de PE, contribuiu para alimentar esta dúvida. Segundo, encontrar um discurso que consiga fundir, sem contradições e incoerências, seu discurso "pragmático" com o "sonhático" mundo de Marina. Se o amálgama não for bem feito e convincente, os dois podem perder votos em seus respectivos campos e ainda não conquistar os votos do outro.

Uma conclusão sem muito risco
A sucessão presidencial é uma obra completamente em aberto e salvo atropelos vai permanecer assim até as portas das urnas. Será a disputa mais acirrada desde a eleição de Fernando Collor.

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