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Polícia diz não ter evidências para concluir se ocorreu um acidente ou um atentado terrorista

Carro (ao fundo) pegou fogo após colisão na praça. Foto: Reuters
PEQUIM - Cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas nesta segunda-feira, 28, quando um carro atingiu pedestres e pegou fogo na Praça da Paz Celestial, a mais importante de Pequim, segundo a polícia. Hua Chunying, porta-voz da chancelaria chinesa, disse não ter detalhes sobre o caso que permitam concluir se ocorreu um acidente ou um atentado terrorista.
A polícia disse na sua página no Weibo, espécie de Twitter chinês, que o carro saiu da pista no lado norte da praça, que representa uma importante atração turista de Pequim, em frente à Cidade Proibida, atravessou as barreiras e pegou fogo. Os três ocupantes do veículo morreram, segundo os policiais. O governo municipal de Pequim informou que uma turista das Filipinas e um turista da província chinesa de Guangdong também morreram.
A agência de notícias Xinhua disse que 11 turistas e policiais ficaram feridos e foram hospitalizados. O incidente ocorreu quase em frente à entrada da Cidade Proibida, onde há um gigantesco retrato de Mao Tse-tung, fundador da China comunista. A vasta praça também é conhecida por ter sido cenário das manifestações pró-democracia de 1989, violentamente reprimidas pelo governo.
A praça costuma ter vigilância reforçada por causa da sua proximidade com o complexo Zhongnanhai, sede da liderança central, e do Grande Salão do Povo. Ali também fica o mausoléu de Mao. Mesmo assim, o local atrai muitos manifestantes, especialmente por volta de 4 de junho, aniversário da repressão aos protestos estudantis de 1989. Quando isso acontece, os manifestantes são prontamente expulsos pela polícia.
Uma testemunha da Reuters viu carros de bombeiros, ambulâncias e vários veículos policiais indo em direção ao incêndio, que provocou uma coluna de fumaça preta. Uma parte da praça e a principal avenida de acesso a ela chegaram a ser interditadas.
Uma turista estrangeira que estava na praça e pediu para não ser identificada disse ter ouvido uma explosão, seguida de um incêndio. / REUTERS
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