quarta-feira, 7 de agosto de 2013

POLÍTICA:Chefe do BNDES vai a Comissão do Senado explicar negócios com Eike

Do UOL
Maria Carolina Abe

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, foi convidado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para discutir os empréstimos do banco às empresas de Eike Batista. A audiência foi marcada para 27 de agosto, às 11h30. 
O requerimento para ouvir o chefe do BNDES foi aprovado pela Comissão do Senado antes de os senadores saírem em recesso parlamentar.
O pedido foi apresentado pela senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul e por Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo e tem como base uma reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" que afirmou que o banco de fomento teria adiado prazos de cobrança e alterado exigências em contratos com as empresas do bilionário.
O BNDES rebateu, em comunicado, que tenha concedido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de financiamento ao grupo de Eike. Segundo o banco, o tratamento dispensado ao grupo EBX "é rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito no BNDES".
No início de julho, o banco de fomento informou que o valor total dos empréstimos contratados com o grupo EBX soma R$ 10,4 bilhões. Do volume total contratado, nem tudo foi liberado, já que os desembolsos ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos.
As empresas do bilionário enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores. Os papéis da petrolífera OGX, por exemplo, já valem menos que um pão francês.
CLIQUE NA IMAGEM E VEJA OS NEGÓCIOS DE EIKE BATISTA
Oposição ao governo sugere convocar 'CPI do BNDES'
Após a reportagem, membros da oposição ao governo disseram que pretendiam começar a colher assinaturas para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o banco e avançar com um projeto de lei que altera a lei que trata de sigilo bancário. A ideia era que bancos de fomento não fossem submetidos a ela e devessem divulgar informações sobre suas operações.
"É um banco público, usando recursos do Tesouro sem qualquer critério para desenvolver cadeias produtivas ou gerar muitos empregos e sem nenhuma transparência", disse um dos autores da ideia, Cesar Colnago (PSDB-ES).
Mais rico do mundo
Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.
De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.
Com Valor

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