De OFLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
TÓQUIO - O governo do Japão decidiu tomar frente da gestão da crise da Central Nuclear de Fukushima, responsável pelo vazamento de cerca de 300 toneladas de água radioativa por dia no Oceano Pacífico. O primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou nesta quarta-feira que o governo atuará diretamente na resolução do problema, em vez de contar unicamente com as ações da operadora da usina - a Tokyo Eletric Power (Tepco) -, cuja gestão tem sido muito criticada.
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De acordo com Abe, o vazamento é pior do que se pensava e se trata de uma questão urgente, o que levou o primeiro-ministro a ordenar pela primeira-vez o envolvimento federal para ajudar a Tepco a conter a crise.
Mais cedo, um funcionário do Ministério da Interior explicou que o vazamento tem ocorrido nos últimos dois anos. Mas somente no mês passado a empresa admitiu o escape de água radioativa.M
- Não deixaremos nas mãos da Tepco. Prepararemos uma estratégia governamental. Vamos assegurar que haja um plano rápido e polifacético - disse o primeiro-ministro.
Como primeira iniciativa, o premier ordenou que o ministro da Economia, Comércio e Indústria trate a situação de forma urgente e que assegure que a operadora da usina adote as medidas adequadas para realizar a limpeza, que se espera que dure mais de 40 anos e custe US$ 11 bilhões.
A declaração de Abe vem depois que a Autoridade Reguladora Nuclear assegurara, na segunda-feira, que a água radioativa estava vazando para o mar acima dos níveis legais, criando uma situação de emergência que a Tepco não tem dado a devida atenção.
A usina foi gravemente danificada pelo terremoto e pela tsunami em março de 2011. em janeiro deste ano, a Tepco encontrou peixe contaminado com alto nível de radiação dentro de um porto na usina. Pescadores locais e pesquisadores independentes já suspeitavam do vazamento, mas a empresa sempre negou que isso ocorresse.
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