terça-feira, 6 de agosto de 2013

ECONOMIA: O começo da crise - I

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

O caso brasileiro é oposto ao andamento do cenário no rico hemisfério norte. O Brasil passou rapidamente da condição de "queridinho" pelos analistas e investidores para a condição de "preocupante". Reduzidos os fatores de crescimento (aumento do consumo interno em função de salários e o efeito "China") o que fica evidente é que a tração do crescimento se reduziu para um patamar entre 0%-2%. Não há milagres possíveis em política econômica. Assim, o país continua omisso no que se refere às reformas necessárias à economia. Além disso, fatores estruturais como a péssima educação, o subdesenvolvimento tecnológico, os transportes, portos, etc. se juntam a uma tributação elevada e a uma taxa de câmbio que inviabiliza a competitividade externa. O governo Lula e Dilma tem a mesma agenda que adia as reformas e antecipa os ganhos e avanços sociais que produzem resultados eleitorais mais imediatos. A presidente Dilma acelera o intervencionismo governamental na atividade econômica e administra uma estranha coalizão política que soma oligarcas e movimentos sociais desprovidos de maiores ideais.

O começo da crise - II
A melhoria do cenário externo retira certos riscos que pairam sobre o Brasil, vindos de fora. Todavia, os riscos domésticos são substantivos e carecem de soluções políticas articuladas que não virão por duas razões básicas : (i) a presidente tem visão míope e bastante distinta da enorme parte da sociedade brasileira e lhe falta força política para agir depois da recente e vertiginosa queda de popularidade e (ii) as forças políticas estão paralisadas à espera da evolução do cenário para somente depois se posicionar. Neste segundo item estão incluídos os partidos de oposição, tão pobre de ideias quanto o governo. "Fatos novos" na política são necessários para que se mude o prognóstico para o país. O que se espera é que nos próximos meses fique mais evidente a queda da atividade e, com efeito, aumente o desemprego. Estes elementos devem tornar o governo ainda mais débil e mais combustível será dado à corrida eleitoral do ano que vem. Apostar na melhoria do cenário não será apenas um exercício para os mais otimistas. Será dos videntes que estão vendo muito além daquilo "que aí está".

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