terça-feira, 6 de agosto de 2013

ECONOMIA: O fim da crise - I

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Nenhum policy maker vai propagandear isso mundo afora, mas os indicadores de atividade (consumo e, em menor medida, investimento), o comportamento das empresas e dos investidores, a situação do mercado de crédito e o comércio internacional indicam que a crise iniciada em 2008 está se esvaindo nos países centrais. Isso não quer dizer que o mundo não tenha problemas e que estes sejam desprezíveis. Ao contrário : o "rescaldo" da crise internacional persistirá como essencial ao sistema econômico, especialmente no que se refere à situação fiscal e à administração da política monetária. Este é o caso dos EUA onde o Federal Reserve manda recados propositalmente contraditórios no que tange à manutenção ou não do imenso estímulo monetário gerido pela autoridade monetária daquele país. Com menos alarde, é o mesmo que faz o Banco Central Europeu e o Banco do Japão.

O fim da crise - II
Não à toa os mercados mais arriscados e sensíveis às variações de humor, sobretudo o de ações, está com invejável desempenho nos países centrais. Os resultados corporativos tem sido positivos e corroboram o otimismo dos investidores. Nos EUA, além da confirmação das melhores expectativas em termos dos resultados, os analistas estão ouvindo dos managers que o ambiente mais favorável está se traduzindo em vendas e investimentos. As listas de recomendações de ativos estão lotadas e os volumes negociados nos mercados estão altos e se espera que assim permaneçam. Os próximos embates em termos de política econômica nos países mais ricos serão entre eles : os temas relacionados ao protecionismo e as taxas de câmbio começam a preocupar os formuladores de políticas e os próprios políticos. Em suma : a conjuntura melhora e os aspectos estruturais voltarão a dominar o ambiente das discussões.

O fim da crise - III
Apesar de todo otimismo e do melhor desempenho em termos de atividade, a maior probabilidade é que até o final desta década o crescimento mundial gravite em torno de 2%, algo como metade dos melhores anos da década passada. O despedaçamento do sistema de crédito e do funcionamento dos mercados em 2008 ainda produzirá muitas dificuldades para a recuperação dos países mais desenvolvidos. Com efeito : não se deve esperar que os ativos tenham valorização equivalente a dos patamares mais elevados dos anos 2000. A recuperação deve ser lenta e gradual. E sem a segurança de que a volatilidade seja razoável. Os tempos são melhores, mais promissores e ainda cheios de obstáculos.

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