quinta-feira, 8 de agosto de 2013

MUNDO: Desemprego na Grécia chega a 27,6% e bate novo recorde

Do UOL

A taxa de desemprego na Grécia atingiu um novo recorde em maio, de 27,6%, mostraram dados nacionais oficiais divulgados nesta quinta-feira (8), à medida que o país continua a sofrer as consequências da austeridade atrelada ao resgate internacional.
O grave desemprego é um pesadelo para o governo formado por uma coalizão de dois partidos na Grécia, que tenta atingir metas fiscais e mostrar que há luz no fim do túnel após anos de impopulares aumentos de impostos e cortes nos salários e pensões.
A taxa de desemprego subiu para 27,6% a partir de um dado revisado para cima de 27% em abril, segundo o serviço de estatísticas Elstat, mais que o dobro da taxa média da zona do euro, que ficou em 12,1% em junho.
O dado de maio é o maior desde que o Elstat começou a publicar dados mensais de desemprego, em 2006.
Grécia e Espanha têm sido atingidos com níveis semelhantes de desemprego muito alto. Os mais recentes dados do Eurostat mostraram desemprego ajustados sazonalmente em junho de 26,9% na Grécia e 26,3% na Espanha.
A própria Espanha não publica dados mensais de desemprego diretamente comparáveis com os dados da própria Grécia, mas os dados trimestrais de Madri mostram que sua taxa atingiu um pico de 27,2% nos primeiros três meses deste ano.
"O aumento do emprego no turismo não conseguiu compensar a reestruturação em diversos setores da economia e a demanda continua fraca", disse o economista Nikos Magginas, no Banco Nacional.
O turismo responde por cerca de 17% da produção econômica da Grécia e por um em cada cinco empregos. As receitas do setor estão subindo 10% em 2013, a 11 bilhões de euros, apoiadas por um registro esperado de 17 milhões de visitantes.
Os dados mostraram que aqueles com idade entre 15 e 24 anos continuam a ser o mais atingidos, com a taxa de desemprego para essa faixa etária registrando 64,9%.
Com a economia sofrendo seu sexto ano consecutivo de recessão e 1,38 milhão de pessoas oficialmente sem emprego, a dor é sentida em toda economia. Mutuários falham em quitar empréstimos e menos trabalhadores contribuem para fundos de pensões.
Uma guinada levará tempo para ser sentida no mercado de trabalho, mesmo se houver recuperação no próximo ano, como projetam autoridades. O Banco Central projeta que o desemprego atingirá um pico de 28% antes de começar a declinar em 2015.

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