quarta-feira, 19 de setembro de 2012

GREVE: Greve dos bancos deve continuar ao menos até sexta, diz sindicato

Do UOL, em São Paulo 

A greve dos bancários deve prosseguir pelo menos até sexta-feira (21), segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), entidade filiada à CUT (Central única dos Trabalhadores) que reúne sindicato dos bancários de vários Estados. 
De acordo com o presidente da entidade, Carlos Cordeiro, a falta de uma nova proposta impede o fim da greve. "Pelo menos até sexta-feira a greve deve continuar. Hoje, não tem acordo nenhum. A Fenaban não deu sinal de vida até agora", diz. A Fenaban é a entidade que representa os bancos. 
A paralisação inclui tanto bancos públicos quanto privados. No ano passado, a categoria ficou em greve por 21 dias. 
Segundo Cordeiro, os líderes estaduais precisam se encontrar em São Paulo para negociar, o que impede um imediato retorno dos bancários ao trabalho. 
"Se até umas 15h a Febraban não nos chamar com uma nova proposta para negociação, a greve poderá se estender até a próxima semana", afirma. 
A reportagem do UOL entrou em contato com a Fenaban, que preferiu não se pronunciar sobre o assunto. 
5.132 agências fecham no 1º dia de greve 
Os bancários fecharam nesta terça-feira (18) pelo menos 5.132 agências e centros administrativos dos bancos em 26 Estados e no Distrito Federal, primeiro dia da greve. 
Segundo o sindicato, a paralisação começou mais forte que a do ano passado, quando 4.191 agências foram atingidas no primeiro dia. A greve durou 21 dias em 2011. 
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25%, com 5% de aumento real, além de plano de cargos, carreira e salários, maior participação nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nas agências. A proposta oferecida pela Fenaban foi 6% de reajuste salarial (0,58% de aumento real). 
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou em nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve e confia no diálogo para a construção da convenção coletiva". A entidade alertou a população de que muitas das operações bancárias poderão ser realizadas por meio dos caixas eletrônicos, internet banking, telefone e correspondentes bancários, tais como casas lotéricas, agências dos Correios e outros estabelecimentos credenciados. 
Há quase 500 mil bancários em todo o Brasil, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A expectativa do sindicato é que a greve desse ano possa mobilizar mais do que os 42 mil bancários que entraram em greve no ano passado em São Paulo e na região metropolitana.

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