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Bolsa espanhola opera em queda após rebaixamento de rating de bancos
RIO — A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem mais um pregão volátil
nesta terça-feira. Depois de despencar quase 3% na última sessão, o Ibovespa, referência do mercado brasileiro, opera oscilando entre altas e baixas. Por
volta de 11h40m, o Ibovespa tinha queda de 0,36%, aos 53.611 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar comercial avançava 0,53%, a R$ 2,077 para
venda.
As ações da Petrobras também sofrem volatilidade após desabarem quase 9% no
pregão da véspera devido ao descontentamento com o tamanho do reajuste dos
preços da gasolina - menor que o desejado. O papel preferencial (PN, sem direito
a voto) da Petrobras subia 0,56%, para R$ 17,90; e o papel ordinário (ON, com
direito a voto) recuava 0,10%, a R$ 18,46.
Na Europa e em Wall Street, os índices de ações também registravam
volatilidade depois de um dia de perdas duras nas bolsas em todo o mundo. O Dow
Jones retrocedia 0,29%, enquanto o Standard & Poor's 500 ganhava 0,06%. Já o
Nasdaq avançava 0,06%.
Do lado positivo, o índice de confiança do consumidor da Alemanha, calculado
pelo Gfk, surpreendeu positivamente e subiu para 5,8 em julho, ante 5,7 em junho
- este indicador sempre trabalha com a perspectiva para o mês seguinte. A
previsão era de 5,6.
Do lado negativo, o mercado ainda opera com os reflexos do rebaixamento do
rating (nota de classificação de risco) de 28 bancos espanhóis na segunda-feira
pela Moody’s, entre um e quatro níveis. Os bancos que têm ações na Bolsa
espanhola sofrem baixas generalizadas.
O IBEX 35, da Bolsa da Espanha, recuava 1,02%. O FTSE 100, principal índice
da Bolsa de Londres, subia 0,07%, no mesmo horário. O Dax, índice alemão,
registrou uma pequena alta de 0,08%, e o CAC 40, francês, subia 0,28%. Na
Itália, o FTSE MIB recuava 1,00%.
O recuo dos bancos espanhóis na Bolsa já era esperado depois do rebaixamento
da Moody´s, que considerou que os problemas de solvência do governo da Espanha
não só afetarão sua capacidade para ajudar as entidades financeiras com
dificuldades, mas também porque repercutirão na oferta de crédito.
Além disso, persiste a expectativa de que a reunião dos líderes da União
Europeia marcada para quinta-feira e sexta-feira não vai conseguir ajudar a
região a conter sua crise de dívida.
Para piorar, Espanha e Itália tiveram, novamente, que pagar uma taxa de
rendimento mais elevada para vender títulos de suas dívidas em leilões
realizados nesta sessão.
Bolsas asiáticas recuam
As bolsas asiáticas caíram nesta terça-feira, com os investidores ainda
céticos quanto ao potencial da cúpula dos líderes europeus para gerar qualquer
medida significativa que solucione a crise da dívida da região, agora em seu
terceiro ano.
O índice Nikkei do Japão caiu 0,81%, atingindo a mínima em mais de uma
semana. A bolsa de Cingapura teve queda de 0,34%, e Taiwan também caiu, 0,40%,
enquanto Hong Kong subiu 0,45%. O índice referencial de Xangai teve leve queda
de 0,09% e Sydney recuou 0,36%.
— Os investidores querem ver para qual direção o resultado da cúpula irá
apontar. Não está muito claro quais acordos específicos podem ser realmente
feitos, pode haver compromissos em medidas orientadas para o futuro. Então os
investidores não podem ser inteiramente pessimistas — disse o estrategista
sênior Hirokazu Yuihama, da Daiwa Securities, em Tóquio.
A cúpula de dois dias em Bruxelas nos dias 28 e 29 de junho será a vigésima
vez que os líderes da União Europeia se encontram para tentar resolver a crise
que se espalhou pela Europa desde o seu começo na Grécia, no início de
2010.
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