quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Justiça rejeita apelação e ex-presidente de Israel cumprirá pena de sete anos de prisão por estupro

De O Globo

Com agências internacionais

JERUSALÉM - A Suprema Corte de Israel rejeitou nesta quinta-feira a apelação apresentada pela defesa do ex-presidente Moshe Katsav, que agora terá que cumprir pena de sete anos de prisão por estupro e outros crimes sexuais. A decisão, que encerra o caso de mais de cinco anos, torna Katsav a autoridade de mais alto escalão já condenada à prisão no país. Sua sentença começará a ser cumprida no dia 7 de dezembro. O ex-presidente de 65 anos se diz inocente.
Condenado em dezembro do ano passado, Katsav sorriu discretamente ao perceber que sua apelação seria rejeitada. Acompanhado por partidários, ele deixou o tribunal onde a decisão foi comunicada sem fazer comentários. A decisão da Justiça é vista no país como uma vitória dos defensores direitos das mulheres e também do sistema legal.
O ex-presidente, integrante do partido conservador Likud, foi considerado culpado de estuprar uma ex-funcionária quando ele era membro do Gabinete israelense e também por assediar sexualmente duas outras mulheres durante seu período na Presidência, entre 2000 e 2007. Sua sentença foi anunciada em março, mas ele recebeu autorização para ficar em liberdade enquanto o recurso apresentado por sua defesa era julgado. Depoimentos questionados
A expectativa era de que a Suprema Corte mantivesse a condenação, mas alguns especialistas esperavam que a sentença fosse revista. Os três juízes envolvidos na avaliação da apelação consideraram que o depoimento de Katsav não foi convincente e acusaram o ex-presidente de explorar seu status político.
O escândalo envolvendo Katsav emergiu em 2006, quando ele ainda era presidente - cargo mais simbólico que político, geralmente reservado a figuras experientes e respeitadas no país. Naquele ano, ele denunciou a polícia o que seria uma tentativa de extorsão de uma mulher que dizia ser sua vítima.
Katsav terminou renunciando em 2007, duas semanas antes do fim do seu mandato de sete anos, sob um acordo, pelo qual se livraria da prisão. Ele foi substituído pelo ex-premier Shimon Peres, vencedor do Nobel da Paz, quem havia derrotado no Parlamento na eleição para presidente em 2000. Depois, ele decidiu cancelar o acordo para tentar provar sua inocência.

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