segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ECONOMIA: Bolsas na Europa caem com temores sobre crise da dívida na Itália

Do ESTADAO.COM.BR
E&N TEMPO REAL
Yolanda Fordelone

As bolsas da Europa operam em queda nesta segunda-feira, apesar das expectativas iniciais de um início positivo, à medida que a atenção dos investidores desviou-se da Grécia para a Itália com os temores sobre a estabilidade do governo italiano e sua capacidade para lidar com a própria crise da dívida.
O desconforto político na Itália e os temores de que o caminho que o país está seguindo para lidar com seus problemas levaram os yields dos bônus de 10 anos e o custo para assegurar a dívida do governo italiano contra default a atingirem níveis recorde hoje.
“A obsessão da semana passada com a Grécia está destinada a mudar para a Itália nesta semana, com o a coalizão do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, em sério risco de se romper”, alertaram estrategistas da Forex.com.
A Câmara Baixa do Parlamento Italiano deverá votar amanhã as medidas orçamentárias. Se as medidas não forem aprovadas, Berlusconi será submetido a outro voto de confiança. “E desta vez ele pode muito bem estar sem sorte…a Itália pode muito bem pegar o caminho da Grécia, ou seja, a formação de um governo de união”, disse a Forex.com.
Os temores sobre a Itália foram exacerbados por comentários feitos pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Yves Mersch. Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, Mersch afirmou que o banco decidiu que não comprará a dívida italiana, se o governo não fornecer evidência suficiente de que manterá os planos de reforma e reestruturação.
Às 7h35 (de Brasília), a Bolsa de Londres (-1,13), Frankfurt (-1,14%), Paris (-1,36%), Milão (-0,57%), Espanha (-1,40%) e Lisboa (-0,60). Os bancos estão liderando os declínios hoje. UniCredit (-0,90%), Société Générale (-3,35%), BNP Paribas (-1,96%) e Deutsche Bank (2,65%).
A Bolsa de Atenas seguia na mão contrária, com alta de 2,42%, visto que os investidores encontraram alguma satisfação com a formação de um novo governo de união após a saída do primeiro-ministro George Papandreou.
No front corporativo, a Ryanair subia 3,58% com a notícia de que a companhia elevou em 10% sua meta de lucro para o ano cheio, após reportar uma alta de 20% do lucro líquido no primeiro semestre. As informações são da Dow Jones.
(Clarissa Mangueira, da Agência Estado)

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