quinta-feira, 10 de novembro de 2011

COMENTÁRIO: É assim que o euro termina

Por Paul Krugman - ESTADÃO.COM.BR

É assim que o euro termina.
Não com um “bang” mas com “bunga-bunga”.
Falando sério, como os títulos italianos para 10 anos bem acima de 7%, estamos num território onde todos os círculos viciosos entram em ação – e os líderes europeus parecem cervos apanhados na luz de faróis E como Martin Wolf diz hoje (terça-feira), o impensável – uma ruptura do euro – se tornou
perfeitamente pensável:
Uma zona do euro construída sobre um ajuste deflacionário unilateral fracassará. Isso parece certo. Se os líderes da zona do euro insistirem nessa política, eles terão de aceitar o resultado.
Qualquer caminho plausível, mesmo que parcial, para a salvação do euro depende agora de uma mudança radical na política do Banco Central Europeu (BCE). Mas como
diz John Quiggin nesta terça-feira no Times, o BCE tem sido antes parte do problema.
Acredito que a elevação da taxa pelo BCE no começo deste ano vai passar para a história como um clássico exemplo de estupidez política. Provavelmente ainda estaríamos nesse imbróglio se o BCE não tivesse aumentado as taxas, mas a pura estupidez de se obcecar com a inflação quando o euro estava obviamente em risco causa estupor.
Eu ainda acho difícil de acreditar que o euro fracassará; mas parece igualmente difícil de acreditar que a Europa fará o que é necessário para evitar esse fracasso. Força irresistível, encontra objeto imóvel – e vejam a explosão.

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